“Se você conversar com qualquer jogador sobre a dificuldade que ele teve para se tornar profissional, quase todas as histórias serão de superação. A maioria vem de família pobre. A motivação é essa. Sou do interior do Rio e minha família teve muita dificuldade, mas nos saímos bem. Vejo o cara que me tornei, não como jogador e pessoa. A reflexão é essa. Temos de buscar força na família para dar nosso melhor no fim de semana”, disse Edinho.
Lições do passado para salvar o futuro do Fluminense
Edinho relembra momentos de dificuldade na vida para superar maior desafio da carreira
Rio - É vasculhando as memórias com marcantes episódios de superação que Edinho busca inspiração diante do maior desafio de sua carreira. Nascido e criado numa família de tricolores, ele não perde a fé, mesmo diante do risco de 85% de chances de o Fluminense cair para a Série B do Brasileiro no confronto de domingo, contra o Bahia, em Salvador.
Revelado pelo antigo Barreira (atual Boavista), o volante quase abandonou o futebol em 1999 para conseguir um emprego e, assim, complementar a renda familiar. Uma ajuda de custo paga pelo clube de Saquarema no valor de R$ 151, salário mínimo na época, mudou a sorte de Edinho. Aos 16 anos, ele estrearia como profissional sob o comando do técnico e incentivador Antônio Carlos Roy.
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Campeão da Libertadores, da Copa Sul-Americana, da Recopa e do Mundial de Clubes, pelo Internacional, o volante acrescentou o título de campeão brasileiro em seu currículo em 2012 pelo clube de coração. Sofrendo duplamente, Edinho tem consciência de que o seu futuro também estará em jogo no domingo. Com contrato até o fim de dezembro, ele tem fé de que um final feliz na última rodada pode acelerar a a possível renovação, mas o Internacional já monitora sua situação.
“Meu contrato está perto do fim e é normal que existam sondagens. No momento, meu foco está no Fluminense, em sair dessa situação. Estou feliz no clube, estou perto de minha família, em Araruama, e quero permanecer”, disse Edinho.
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Refúgio na Urca
À procura de paz e tranquilidade para trabalhar, o Fluminense decidiu fugir da pressão das Laranjeiras e escolheu a Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca, como abrigo na semana de preparação para a decisão contra o Bahia.
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Existe a possibilidade de o Fluminense antecipar a viagem para Salvador para quinta-feira. A preocupação com o estado emocional do grupo é grande. A atividade de ontem contou com a presença do presidente Peter Siemsen, do diretor-executivo, Rodrigo Caetano, e do gerente Marcelo Teixeira.