Por pedro.logato

Rio - Walter ainda não digeriu o pênalti duvidoso que originou o primeiro gol sofrido pelo Fluminense na derrota por 3 a 2 para o Criciúma, quarta-feira, no Heriberto Hülse. Sem papas na língua, ontem, durante o desembarque no Rio, o atacante criticou a arbitragem da partida e se disse desapontado com a atitude de seus companheiros, que não reclamaram da decisão do árbitro no lance.

“Não gosto de falar da arbitragem, mas todo mundo viu que não foi pênalti. Eu fiquei chateado com nosso time, que aceitou esse pênalti. O time ficou calado. Até eu fiquei, porque vi que todos ficaram muito quietos. Mas, depois, assisti ao lance na televisão e fiquei revoltado, porque não foi nada”, disse o camisa 18.

Walter não foi bem contra o CriciúmaCarlos Moraes

Substituído no intervalo, Walter completou contra a equipe catarinense seu quinto jogo sem balançar as redes. Ciente de que fez uma apresentação abaixo da média, ele admitiu que sentiu a falta de ritmo de jogo.

“Fiquei duas semanas sem treinar com o time, mas não deixei de me cuidar. Perdi um ou dois treinos no máximo. O Cristóvão falou que o Matheus precisava entrar para mexer mais. O time cresceu e quase empatou. Senti um pouco. Não participei dos amistosos e fiquei sem ritmo de jogo. Mesmo assim, tentei dar meu melhor”, garantiu Walter, que durante a Copa do Mundo ficou ausente de alguns treinos por causa de uma cirurgia dentária.

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O fraco desempenho do atacante, entretanto, não preocupa Cristóvão Borges. Após o jogo, o treinador rebateu as criticas ao seu atleta. “O Walter é atacante, tem de fazer gol e sabe fazer gol. Quando isso não acontece, ele tenta ajudar a equipe pelo posicionamento. Nos outros jogos, a contribuição dele sempre foi muito grande”, afirmou Cristóvão.

Cristóvão pede à equipe para não abaixar a cabeça

Nem mesmo a derrota para o Criciúma no reinício do Brasileiro tira de Cristóvão Borges a certeza de que o Fluminense está trilhando o caminho certo. Respaldado pela boa colocação na tabela, o técnico garante que sua equipe vai continuar mantendo o estilo de jogo, independentemente do adversário.

"Nós jogamos dentro e fora de casa da mesma forma. Não existe diferença de mando de campo ou se você joga com o primeiro ou o último colocado. É um campeonato difícil. Temos um próximo jogo e vamos buscar o resultado”, disse.

Ao falar da derrota no Sul, Cristóvão reconheceu os méritos do adversário. Ele, porém, garantiu que o revés não vai abalar a autoestima do grupo: “Nós trabalhamos bem, mas o resultado foi ruim, pois queremos sempre a vitória. Voltar perdendo nos deixa tristes, mas não vamos abaixar a cabeça”.

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