Rio - Em uma semana de relação conturbada entre torcida e jogadores, a vitória por 4 a 0 do Fluminense sobre o Sport, neste domingo, pode servir como um primeiro passo para a reconciliação. Após o jogo, Fred destacou a importância do resultado e disse que vencer dessa forma dá um novo ânimo para a torcida.
"Tem de ser a hora de uma nova reação. Nós vinhamos de bons resultados, de bastante elogios. Aquele jogo (contra o América-RN) acabou trazendo todo tipo de coisa ruim para nós. A responsabilidade era toda nossa. A partir dali, apenas para baixo. Tentamos buscar a reação nos jogos fora de casa, estávamos tentando buscar a reação. Ganhar em casa dá um ânimo maior para o elenco, dá para sonharmos com coisas melhores", afirmou.
Questionado sobre o episódio de violência por parte da torcida no desembarque no Eeroporto Santos Dumont, na quinta-feira, o camisa 9 voltou a criticar as torcidas organizadas e revelou que procurou a diretoria pedindo para que o clube não dê regalias.
"Eles não me respeitam e eu não aceito o que eles fazem. Pode ser perigoso para mim, pode, mas vou conviver com isso. Podem vir aqui e me vaiar, eles estão no direito deles, se não ficarem satisfeitos. O clube tirou ingresso, dinheiro deles por quê? Eu sou contra, lutei por isso. Temos de matar isso pela raiz. Minha família diz que estou louco. Não pode haver esse tipo de coisa no futebol, tem de ser cortado logo", disse.
Fred também disse que não acredita ter capacidade disputar a Copa do Mundo de 2018. Mas o atacante se colocou à disposição do técnico se precisar dele durante as Eliminatórias.
" Tenho 30 anos, disputei a Copa do Mundo. Não me vejo disputando outra Copa do Mundo por causa da idade. Como vão ter Eliminatórias, jogos difíceis, sempre que precisarem de mim, da minha ajuda, será um prazer ajudar", revelou.
Após quatro jogos sem vencer, o Flu reencontrou o caminho dos triunfos e está na 5ª posição com 29 pontos. Na próxima quinta-feira, o Tricolor enfrenta o Goiás, às 18h, no Maracanã, pela Copa Sul-Americana.