Por pedro.logato

Rio - Após a divulgação feita pelo jornal "O Estado de S. Paulo" de que o Ministério Público paulista apurou em sua investigação que a Portuguesa havia recebido verba para escalar irregularmente o apoiador Héverton contra o Grêmio, levando ao clube do Canindé a ser punido pelo STJD e rebaixado para a Série B no ano passado, as suspeitas de quem seria o corruptor recairam sobre Flamengo e Fluminense. Os dois clubes em tese seriam os maiores interessados na queda da Lusa, já que o Tricolor terminou o Brasileirão de 2013 na zona de rebaixamento, sem as punições do tribunal e o Rubro-Negro, também punido pela escalação irregular de André Santos só não caiu, devido ao caso envolvendo o clube paulistano.

Nesta quarta-feira, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen concedeu uma entrevista para a CBN e afirmou que o clube das Laranjeiras não tem qualquer ligação com o suposto esquema de corrupção que levou a Portuguesa para a Segunda Divisão.

Peter Siemsen afirmou que Flu não deu verba a LusaAndré Luiz Mello / Agência O Dia

"Para o Fluminense seria maravilhoso que se apurasse, em definitivo, qualquer tipo de investigação, pois ajudaria muito a esclarecer o caso. Acabaria de uma vez por todas com a situação criada, pois um dos maiores prejudicados foi o Fluminense. Se o primeiro, em termos de imagem foi a Portuguesa, o segundo mais prejudicado, sem dúvida, foi o Flu. Fomos atacados injustamente, em redes sociais e por alguns poucos jornalistas que faltaram com a verdade e criaram uma suspeição totalmente inadmissível", afirmou.

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Um dos argumentos para comprovar a tese de defesa para o Tricolor seriam as várias combinações de resultados que o Fluminense precisaria para escapar do rebaixamento. Na última rodada, o clube carioca não tinha mais chances matematicas de ultrapassar a Lusa, mas poderia passar o Coritiba, que acabou terminando o Brasileiro na frente da equipe carioca.

"Na rodada anterior, o Fluminense precisava de uma combinação de resultados, envolvia Coritiba, Vasco. Certamente, era impossível para o Fluminense, imagina, ter que fazer um acordo com vários clubes ao mesmo tempo. Primeiro, tínhamos que ganhar do Bahia, o Coritiba não poderia ganhar do São Paulo e o Vasco não poderia ganhar do Atlético-PR. É uma coisa completamente sem pé, nem cabeça em relação ao Fluminense. Se houve alguma conduta criminosa, para nós seria fantástico o esclarecimento. Estávamos preparados para jogar a Segunda Divisão, temos um departamento organizado de acompanhamento da condição de jogo de cada atleta. E, por isso cumprimos a regra. Se outros não cumprem, certamente têm de ser punidos, não importa se é grande, pequeno, nem a história do clubes. Apoiamos o cumprimento da regra e a investigação", disse.

Além de negar a participação do Tricolor, Peter teve que comentar sobre uma possível suspeita em relação ao patrocinador do clube. Pareceira do Fluminense desde 1999, a Unimed é responsável pela maioria absoluta dos investimentos financeiros do clube carioca no futebol.

"Claro que coloco a mão no fogo (pela Unimed). Se vocês vissem o estado psicológico do Celso depois do rebaixamento, vocês (jornalistas) iriam ficar impressionados. Foi de um abatimento, um negócio assim….Tive dificuldades de falar com ele no período, dado que, realmente, ficou mais abatido do que eu. Comecei a pensar em Segunda Divisão, promovi mudanças internas no clube, reavaliação de elenco . Dei uma entrevista, inclusive, já preparando o ano. Tomei até a decisão de trocar o diretor executivo à época e, certamente, não teria trocado se não tivesse ocorrido daquela maneira. Foi difícil conversar com o Celso naquele período. Ele ficou extremamente abatido, decepcionado e eu entendo, pois o investimento dele era grande.", concluiu.

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