Por pedro.logato

Rio - Sem papas na língua, o meia Wagner tocou fundo na ferida tricolor e externou problemas falados apenas nas entrelinhas. Salários atrasados, premiação não paga e brigas políticas são fatores que pesaram sobre o elenco ao longo do ano. Mineiro de Sete Lagoas e de família cruzeirense, ele assume a torcida pelo ex-clube na decisão da Copa do Brasil contra o Atlético-MG para que abra mais uma brecha na Libertadores. Preocupado com o futuro da equipe, o apoiador abriu o jogo.

Wagner falou sobre o momento do FluminenseDivulgação

“Futebol se define nos detalhes. Em 2012, tínhamos um extracampo bom: bicho, salário… Não deixamos a desejar para ninguém. Mas, quando não corre tudo bem, puxa a gente para baixo. Às vezes, você abre o jornal e vê que um está brigando com o outro, um está recebendo e o outro não”, lamentou.

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Apesar dos muitos problemas, Wagner crê que não está tudo perdido. O camisa 10 ressalta que o grupo teve sérias dificuldades, mas se uniu. Embora considere a tarefa complicada, ele mantém a esperança de voltar ao G-4.

“Foi um ano sem dinheiro, sem grandes contratações. O elenco reduzido, mas com grande qualidade. Se fosse um pouco maior, como em 2012, seria diferente. Ainda assim, podemos conseguir alguma coisa. É difícil jogar num clube sem o mesmo suporte de 2012. Mas acho que ainda podemos fechar bem o ano”, acredita o apoiador.

Com contrato até o fim de 2015, Wagner coloca um ponto de interrogação em seu futuro. “O que cabe a nós é lutar pelo pouco que nos resta de chance. Depois, a diretoria verá o que é melhor. Nem quem tem contrato está garantido, o treinador não está garantido… Nosso futuro depende deste fim de campeonato”, concluiu, preocupado.

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