Por edsel.britto
Rio - Em meio à disputa entre Corinthians e Flamengo para contratar Conca, o Dalian Aerbin entra de sola na briga com uma exorbitante proposta salarial de US$ 8 milhões (R$ 21,6 milhões, aproximadamente) para levar o craque para a China. Ídolo do Guangzhou Evergrande, o argentino voltaria à Ásia por contrato de um ano de duração. Após um breve contato por telefone, Bing Changbao, representante do clube chinês, pretende oficializar o interesse ao Fluminense. A multa rescisória de Conca está avaliada em R$ 12 milhões.

O ‘negócio da China’ pode livrar a diretoria tricolor de uma saia justa. Dona de 80% dos direitos do apoiador, a Unimed pressiona a saída de Conca e dos demais medalhões com vínculo longo: Fred, Wagner, Cícero e Walter. Todos completarão dois meses sem receber direito de imagem, referente a um percentual entre 50% e 80% de seus vencimentos. Embora a parceria de 15 anos tenha acabado, a antiga patrocinadora é responsável pelo pagamento de R$ 500 mil dos R$ 750 mil que o argentino recebe por mês nas Laranjeiras. Mecenas no passado recente, Celso Barros foi procurado por Corinthians e Flamengo e não se opôs a nenhuma das negociações.

Após apenas um ano no Flu, Conca pode estar de malas prontas para retornar à ChinaDivulgação

Sua ideia é se livrar do custo de R$ 12 milhões que seriam pagos a Conca até o fim de seu contrato, em julho de 2017, e recuperar parte do investimento no valor da multa rescisória. A postura de Barros expôs de vez a conturbada relação com o presidente Peter Siemsen e seu aliados. Em nota oficial publicada ontem, a diretoria voltou a citar o rompimento com a Unimed e deixou claro que não abrirá mão de Conca. No entanto, a asfixia financeira feita pela Unimed pode prejudicar os planos.

A cúpula se apega no desejo de Conca de ficar no Rio e não arranhar sua imagem perante a torcida com a possível ida para o Flamengo. O argentino investiu milhões na construção de uma mansão na Zona Oeste e sua esposa, Paula Shayene, inaugurou recentemente a franquia de um famoso salão de beleza francês, na Barra. O Fluminense se defende como pode para segurá-lo.
Publicidade