Por jessica.rocha

Rio - Em busca do milagre da vitória, que não dá o ar da graça há um mês, o Fluminense aposta em um milagre pelas mãos de Eduardo Baptista para pôr fim à sequência que deixou o time na lanterna do returno do Brasileiro — um ponto conquistado nos últimos oito jogos. O treinador, porém, sabe que é momento de ser mais psicólogo do que messias e, no bate-papo, tenta contagiar o elenco com sua fé. Antes do treino de ontem, na Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca, ele reuniu o grupo no centro do gramado, abriu o caminho para o diálogo e dividiu a missão de transformar a água em vinho contra o Grêmio, amanhã, pela Copa do Brasil.

Eduardo Baptista não divulgou equipe para quarta-feiraBruno de Lima / Agência O Dia

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A competição é vista como a tábua de salvação, já que a última vitória tricolor foi conquistada contra o Paysandu, no dia 26 de agosto. Lembrança que enche o time de otimismo, mesmo quando o abismo do rebaixamento no Brasileiro já aparece no horizonte. Mas, para voltar a sorrir, é preciso separar devidamente as competições.

“Temos que saber discernir os momentos. Não podemos ir para cima do Grêmio pensando que temos que ganhar a qualquer custo. A confiança vem com uma sequência de vitórias, mas temos que ter calma. São campeonatos diferentes, objetivos também”, afirmou o goleiro Diego Cavalieri.

Mesmo com cautela, é preciso acreditar na vitória. E nem só de esperança vive o técnico do Flu. Eduardo ganhou o reforço de Vinícius, Jean e Gerson e vê o departamento médico se esvaziar. Os três foram a campo ontem e podem jogar. Com eles, o treinador comandou uma atividade de ataque contra defesa, mas não esboçou um time titular. Fez muitas mudanças e deixou a decisão para hoje.

Se o tempo é curto, o Flu tem urgência. O segredo parece ser buscar a positividade com muito empenho. Só o tempo (e vitórias) dirá que Eduardo teve êxito com sua filosofia, mas ela já agrada.

“Ele é um cara superpositivo e está usando a conversa para acertar. Passou para nós sua filosofia e agora temos que absorver o mais rápido possível. É muito detalhista”, completou Cavalieri.

DEFESA PAGA O PATO PELA PÉSSIMA FASE

Quinta pior defesa do Brasileiro, o Fluminense tem sofrido com erros individuais e viu escapar pontos importantes nas últimas partidas. O goleiro Diego Cavalieri, no entanto, divide a responsabilidade com todo time.

“Natural. Quando o time começa a perder a concentração, (a culpa) acaba indo para a defesa. Mas é um sistema. Estamos oscilando muito e sofrendo com desatenções que estão custando caro”, disse o goleiro. “Temos que buscar de volta esse equilíbrio para que as vitórias voltem”, finalizou.

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