"Às vezes, paramos para pensar: 'Poxa, não deveria ter feito isso', mas se não tivesse acontecido não teria moldado meu caráter. Fiz muitas coisas erradas no clube. No início, em 2009, fiz muitas coisas que um atleta não deve fazer. Tudo isso serviu para moldar meu caráter. Hoje me sinto mais exemplo, com mais direito de poder orientar, porque hoje treino e me dedico muito, sou o último a sair. Hoje posso fazer isso, mas antes não era assim. É na dificuldade que mais aprendemos e, na maioria das vezes que passei dificuldade no clube, foi só pancada. Ou o pessoal me chutava, ou me abraçava e falava: 'Vamos te dar as mãos.' Tive discussão com torcida organizada, com imprensa, uma Copa do Mundo jogada nas minhas costas... E a gente vai olhando tudo e pensa: 'Por que comigo? Eu me preparei tanto para isso.' Saía para fazer alguma coisa, bebia, não me cuidava para treinar. Treinava, só que mais ou menos, não dava 100%. Esse processo foi muito importante, todas as coisas difíceis que passei serviram para me moldar e vejo que se não tivesse passado não teria percepção para analisá-las hoje. Tudo isso foi um processo de formação que o Fluminense fez, como atleta e ser humano", destacou Fred.
