Por pedro.logato

Rio - Em sua terceira Olimpíada, Nicolas Oliveira optou por chamar a responsabilidade e assumir a liderança da equipe de revezamento 4x100m livre. Sem o campeão olímpico César Cielo, o mineiro de 28 anos tornou-se o mais experiente dos cinco nadadores da prova em que o Brasil brigará por medalha e achou melhor mudar a postura mais quieta em benefício do grupo.

Uma mudança e tanto para Nicolas, que nem mesmo tem a natação como o esporte preferido, mas quer muito conquistar uma medalha na Rio-2016 ao lado de Marcelo Chierighini (presente em Londres-2012), João de Lucca (reserva há quatro anos) e os estreantes Matheus Santana e Gabriel Santos, reserva.

Nicolas Oliveira é esperança para o BrasilSatiro Sodré / SS Press / Divulgação

Apesar de ter vivido toda a sua vida nas piscinas, Nicolas tem como paixão mesmo o futebol... americano. O gosto pelo esporte de bola oval vem de muito tempo atrás e só aumentou durante a sua passagem pelos Estados Unidos, de 2006 a 2009.

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Na Universidade do Arizona, o nadador evoluiu muito nas piscinas. E entre os treinos também tinha tempo para acompanhar os jogos de futebol americano. No quinto período, inclusive, Nicolas chegou a jogar algumas vezes o esporte, algo que pretende voltar a fazer no futuro. “Gostava antes e me apaixonei quando fui para os Estados Unidos. Cheguei a jogar de kicker (chutador) na faculdade. Apesar de a natação ter dado tudo o que tenho, nunca foi o meu esporte preferido.”

SONHO COM A MEDALHA

Antes do futebol americano, Nicolas tem um objetivo na cabeça: o sonho de uma medalha olímpica pelo Brasil. Para isso, diz usar tudo o que vivenciou para se tornar um líder na equipe. Além dos anos de prática no esporte e do aprendizado no exterior, ele acha que sua experiência no gerenciamento de pessoas com seu negócio próprio (uma academia) pode ser colocada em prática no revezamento brasileiro.

“É uma nova postura que tomei. Sabia que, com o César fora, precisávamos de alguém para assumir a posição e colocar o revezamento no local que merece estar. É meu 13º ano de Seleção, já vi muita coisa. Chega uma hora de maturidade e a gente tem que mudar e assumir posturas. Com a experiência que já tive, posso usar um pouco de tudo para ajudar nesse revezamento”, afirmou Nicolas.

Tudo para conseguir segundos preciosos numa disputa que promete ser dura. O nadador vê quatro rivais diretos na luta pelo pódio. “Temos Austrália, Rússia, Estados Unidos e França. Estou muito empolgado, minha cabeça é diferente na forma como enxergo natação. Não trocaria o prazer de conseguir a medalha em grupo representando o país por uma conquista individual.”

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