Por renata.amaral

São Paulo - Eleito melhor jogador de futebol de cinco em 1998, Mizael Conrado foi o primeiro a acender a tocha paralímpica em São Paulo. Deficiente visual, o atual vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) se sentiu muito honrado por dar o início ao revezamento do símbolo antes da abertura da Paralimpíada do Rio, que começará nesta quarta-feira. "Momento maravilhoso, épico para todo o movimento do esporte paralímpico brasileiro e do Estado de São Paulo."

A meta do CPB é terminar a Paralimpíada em casa com a quinta melhor campanha no quadro de medalhas. Mizael acredita que a tarefa é "ousada, mas factível". "Nos preparamos nos últimos sete anos para que pudéssemos atingir essa colocação. Todas as metas intermediárias foram cumpridas - sétimo lugar em Londres, a primeira colocação nos Jogos Parapan-Americanos - e agora esse é o principal e o maior dos desafios."

"Inatingível, eu não acho. Também não é acho que é fácil, é bastante difícil, desafiadora. Mas também acredito que seja possível e acredito nela", completou Mizael Conrado.

A opinião de Conrado também é compartilhada por Marcos Antonio Garcia, diretor de operações do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro: "Não é uma tarefa fácil porque você está disputando com países com poderio econômico e esportivo muito grandes. Mas a nossa meta é essa e estamos trabalhando duro para atingir".

Uma das maiores esperanças de conquistas brasileiras é a seleção de futebol de cinco, a atual tricampeã paralímpica, com ouros em Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Para chegar ao tetra, os donos da casa deverão encontrar cada vez mais dificuldades. Conrado acredita que, além dos desfalques, os adversários virão mais estimulados para as partidas contra o time verde e amarelo.

"Acho que pode (chegar ao tetracampeonato). A cada evento fica mais difícil porque ela vai se tornando a seleção a ser batida, todo mundo quer ganhar e todos se preparam para jogar contra o Brasil", ressaltou o dirigente.

Reportagem de Rafael Pezzo

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