Por gabriela.mattos

Rio - O que a Praia de Copacabana, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Pontal e a Marina têm em comum? Além de cartões-postais, serão arenas naturais gratuitas nos Jogos Paralímpicos. Isso porque disputas como ciclismo e remo serão ao ar livre. Qualquer pessoa poderá acompanhar, ainda que de um local não tão privilegiado quanto quem pagou pela entrada. Provas de triatlo, vela, canoagem velocidade e maratona também podem ser acompanhadas pelo público.

O Remo estreou ontem, na Lagoa. É a terceira participação do esporte nos Jogos, nas categorias masculina, feminina e mista. As divisões abrangem atletas que fazem a propulsão só com os braços, com os braços e tronco e também os que utilizam braços, tronco e pernas.

Público poderá acompanhar competições sem pagar. Mas só ingressos garantem locais privilegiados Severino Silva / Agência O Dia

A partir de amanhã, começa o triatlo. Os atletas vão testar os limites na natação, ciclismo e corrida. As provas têm categorias de acordo com a deficiência. No ciclismo, cadeirantes e paraplégicos usam uma bicicleta handcycle, impulsionando os pedais com as mãos. Na corrida, atletas fazem o trajeto com cadeira de rodas. No ciclismo, competidores deficientes visuais utilizam bicicleta com dois assentos que permite auxílio de guia. Na natação, um bastão com ponta de espuma indicam o fim do trajeto a deficientes visuais.

Na Vela, homens e mulheres competem nas mesmas regatas. Pessoas com deficiência locomotora ou visual usam três tipos de barcos. No Pontal, espectadores assistirão à canoagem de velocidade. As embarcações são adaptadas de acordo com a deficiência dos competidores.

O Ciclismo de Estrada, na avenida Lúcio Costa e pela estrada do Pontal, é disputado por paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e cadeirantes.

A Maratona também será ao ar livre, no Forte de Copacabana, em três classes distintas para deficientes visuais e físicos. “O melhor é que qualquer pessoa pode assistir”, afirmou Mario Andrada, coordenador de comunicação dos Jogos.

Limpeza e boas dicas

Seis garis com deficiência de visão, audição e fala foram convocados para ajudar na limpeza e na recepção no Complexo Olímpico de Deodoro. Eles foram treinados com uma intérprete de libras. Carlos Cezar Novaes Pereira, que é mudo, achou a mudança na rotina de trabalho positiva. O coordenador técnico da Comlurb Raphael Araújo disse que a ideia da ação foi inspirada nos exemplos de atletas paralímpicos. “Os ‘paragaris’ se superam no dia a dia”, explicou.

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