Rio - O atraso de mais de uma hora do presidente Roberto Dinamite para chegar a São Januário no dia da apresentação do novo técnico que aparece como o salvador da pátria evidencia que algo segue errado no clube. O sorriso sem brilho tenta maquiar o semblante preocupado. Viver mais um rebaixamento em sua administração não está nos planos de Dinamite. Entretanto, com o risco real de queda à Série B, o dirigente sabe que esgotou todas as opções que tinha.
Muito perto de entrar mais uma vez para a história do clube de forma negativa, Dinamite, ao longo da temporada, fez mudanças no comando do time, na diretoria e tentou resolver os problemas financeiros. Tudo em vão. Foram poucas as vezes que o Vasco viveu sem crise em 2013. Adilson Batista aparece como a última carta na manga do ex-jogador, que a cada dia conta com menos prestígio em São Januário.
O discurso, político, embora reconheça a gravidade da situação do Gigante da Colina, mantém a chama da esperança acesa: “Já passei por essa situação (Série B). É algo muito ruim para o clube e não quero passar por isso novamente. Procuro nem pensar nisso.”
Segundo Dinamite, todos têm trabalhado incansavelmente para o clube seguir na Primeira Divisão: “É o lugar em que um clube com o tamanho do Vasco merece estar. Acreditamos que ainda temos condições de escapar da zona de rebaixamento.”
A um ano de tentar mais uma reeleição, Dinamite sabe que seu futuro político no clube dependerá das próximas sete rodadas do Brasileirão. Afinal, a cada dia grupos rivais ganham força e devem acirrar a disputa.