Por rafael.arantes

Rio - O técnico do Vasco, Adilson Batista, lamentou a decisão de Juninho Pernambucano em encerrar a carreira como jogador. O comandante se disse triste, mas falou que entende que a opção pela aposentadoria era uma tendência natural e indispensável na vida de um atleta profissional de alto rendimento.

"É um momento que a gente chora, fica triste, que a gente não quer. Mas infelizmente as vezes o corpo não responde. No esporte de alto rendimento você convive com dores. Então chega um momento que você tem que tomar essa decisão. É um ótimo profissional, tem uma carreira brilhante, é um cara de grupo, vencedor. É um espelho, modelo. Sentiu que era o momento, então a gente tem de respeitar", disse.

Juninho ao lado de Roberto Dinamite. Presidente lamentou aposentadoriaFernando Souza / Agência O Dia

O técnico ressaltou que não faltou esforço por parte do ídolo cruz-maltino em tentar voltar aos gramados para a disputa do Campeonato Carioca.

"O Juninho teve essa lesão no ano passado, quando eu cheguei naqueles últimos sete jogos participou de dois e acabou sentindo. Depois foi se tratar, se recuperou, fez a pré-temporada. Mas dentro dos treinamentos a gente sentia que ele queria continuar. Temos que respeitar. Estavamos mesmo observando que ele estava se segurando em algumas situações", revelou.

Para Adilson, se não fosse a lesão, Juninho teria total condições de entrar em campo e ajudar o Vasco, principalmente com sua experiência.

"Lembro do Valdo, do Toninho Cerezo, do Zé Roberto, agora com quase 40 anos. Esses atletas ajudam, são importantes em um momento em que é preciso cadenciar, segurar, fazer a leitura. Ser o treinador dentro de campo. Só que ele está convivendo com uma dor e não suporta mais", comentou o técnico.

Dinamite abre portas para Juninho

O presidente do clube abriu as portas do Vasco para um retorno do agora ex-jogador. Roberto Dinamite ainda revelou que tentou manter Juninho na equipe, mas que respeita a decisão do ídolo vascaíno.

"Tenho convivido há dois anos com esse atleta e sobretudo ser humano, pai, filho. O Juninho tomou uma decisão que devemos respeitar, desejar sorte e dizer que o Vasco vai estar sempre aberto para recebê-lo como fizemos quando ele era atleta. Ainda vamos decidir algumas coisas quanto a despedida. Mas, de antemão, quero agradeçer por tudo que ele fez. Tentei fazê-lo desistir da ideia de todas as maneiras, mas não foi possível", declarou o cartola.

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