Rio - Não houve definições, mas, embora prefira manter o mistério, o técnico Adilson Batista, no primeiro treino tático do Vasco para a semifinal, deu algumas dicas do time que deve entrar em campo contra o Fluminense. O que ficou claro é que o comandante quer dar total liberdade para o seu maestro Douglas poder criar. Seja no esquema com três volantes ou com três atacantes.
Camisa 10 e responsável por comandar o time em campo, Douglas foi marcado de perto pelo volante Valencia e não teve espaço para jogar no duelo com o Tricolor há dez dias. Para fugir da marcação do rival, Adilson Batista voltou a escalar Guiñazu e Pedro Ken, poupados na última rodada, no meio de campo e manteve a postura ofensiva com três atacantes. Reginaldo, porém, ficaria com obrigação maior de marcar.
“Já falei sobre a importância tática do Reginaldo. Vocês (jornalista) são inteligentes e vão analisar o posicionamento dele. Depois conversamos se realmente são três atacantes. Pedi para ele fazer uma função que o clássico pede”, explicou Adilson.
O martelo, entretanto, não foi batido. Pensando no bom desempenho de Douglas, ainda há a opção pelo 4-4-2. Neste caso, Aranda, titular contra o Duque de Caxias, continuaria no time no lugar de Reginaldo. “Teremos outro treino nesta quarta-feira. Conversei com um jogador e o deixei de sobreaviso. Ainda não defini o time, mas o Douglas tentou me ajudar, né?”, brincou o treinador, lembrando a declaração que o seu camisa 10 deu um dia antes sobre preferir atuar ao lado de três volantes.
Mas Adilson Batista lembrou a importância de o Vasco não sobrecarregar o seu maestro. Ciente de que a marcação em Douglas promete ser dura novamente, o comandante prepara novas armas.
“Douglas é fundamental, mas sabemos que o Valencia deve chegar junto. Por isso cobro os outros atletas. Nessas horas, alguém precisa vir de trás para surpreender e também concluir”, explicou.
‘A reclamação do Vasco é justa’
Na última semana, a diretoria do Vasco, alegando que o clube foi prejudicado em algumas partidas, formalizou na Federação de Futebol do Rio um pedido para que árbitros de outros estados apitassem os jogos decisivos do Campeonato Carioca. A sugestão não foi acatada. Mesmo assim, o técnico Adilson Batista comentou a iniciativa. Para ele, o Vasco está certo em buscar os seus direitos.
“A reclamação do Vasco é justa em função do que tem acontecido na competição. Já vivi situações em que árbitros de outros estados trabalharam em um jogo e depois foram embora sem pressão. Do mesmo jeito que já fui prejudicado... Enfim, só espero que não haja má intenção”, afirmou o treinador.
Adilson disse que sempre pede calma aos jogadores em campo. “Peço aos atletas para deixarem o árbitro trabalhar e que pensem apenas no jogo.”
CBF confirma jogo com o Resende em Manaus
Depois de a Federação Amazonense de Futebol e a Unidade Gestora para o Projeto Copa no Amazonas (UGP Copa) confirmarem a partida entre Resende e Vasco, dia 3 de abril, pela primeira fase da Copa do Brasil, como evento-teste da Arena Amazônia, em Manaus, ontem foi a vez de a CBF publicar oficialmente a mudança do confronto, que anteriormente estava marcado para acontecer no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
De acordo com a publicação, a mudança do local do jogo trata-se de um ‘acordo comercial do clube mandante, com a concordância das federações do Amazonas e do Rio de Janeiro’. Os ingressos, inclusive, já estariam sendo vendidos. Por ser evento-teste para a Copa do Mundo, o estádio contará com segurança reforçada mesmo no caso de o público não comparecer em peso.
Até ontem o Vasco não havia sido comunicado.
