Por pedro.logato

Rio - O espírito guerreiro de Guiñazu já conquistou os vascaínos e tem contagiado o time. Mas é fora de campo que o ‘cão de guarda’ argentino tem travado uma batalha ainda maior há pelo menos duas semanas para não ficar fora da reta final do Carioca. Com dores musculares e o pé direito enfaixado, o jogador mudou de rotina, não tem treinado e tem frequentado diariamente a fisioterapia do clube. Se o corpo pede descanso, o coração do camisa 5 não joga a toalha: “Se o professor me escolher vou para a guerra.”

Com 35 anos, Guiñazu tem sido poupado dos treinamentos e, assim como na última semana, quando foi confirmado apenas na véspera, não tem presença garantida na finalíssima de domingo, contra o Flamengo. Capitão do time, o volante respeita a vontade do treinador, mas não se vê fora da partida que pode encerrar um jejum de 26 anos de conquistas sobre o maior rival do Vasco.

Guinãzu está lutando para poder enfrentar o FlamengoDivulgação

“Tenho recebido cuidados especiais, pois é necessário. Mas quero ir para o campo e deixar a minha alma e minha vida lá. Só participei de um treino de dois toques semana passada e fui para o jogo. Isso não vai me atrapalhar nesse momento. Estou tranquilo, calmo e confio no trabalho que tem sido feito pela comissão técnica”, afirmou o camisa 5.

A confiança em sua recuperação é tanta que Guiñazu manteve o bom humor ao falar sobre o problema. “Tenho sentido fortes dores musculares”, disse o atleta, sendo categórico ao revelar o local onde sente o incômodo: “Da cabeça ao calcanhar (risos)”. Ciente de que está no sacrifício, ele prefere não fazer promessas.

“Jogador tem de demonstrar em campo. Se o treinador me escolher, vou entrar e mostrar que estou bem. Não adianta falar antes que vou dar conta. Fico de boca calada. É uma final, o último jogo, e a gente precisa do algo a mais. Para levantar a taça temos de estar preparados para superar qualquer obstáculo”, declarou.

Por falar em taça, Guiñazu, em caso de vitória, não quer ficar marcado como o capitão do título. Para ele, a conquista vai ser de todos os funcionários do clube. “Sair na foto é fácil, mas o título será de todo mundo. Do porteiro ao presidente. De todos no Vasco”, completou.

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