Rio - Desde 2008 como presidente do Vasco, o mandato de Roberto Dinamite não foi como sua passagem pelo clube como jogador. Foram até o momento seis anos à frente do clube, com dois rebaixamentos e apenas um título, o da Copa do Brasil de 2011. Uma gestão conturbada que arranhou a imagem do maior ídolo da história do Cruzmaltino.
Apesar disso, em entrevista à revista Placar, Dinamite disse que não se sente culpado por todos os problemas que aconteceram nos últimos anos e ainda afirmou que não descarta a possibilidade de se candidatar a reeleição neste ano em um pleito, que deve ser marcado em julho.
"Não descarto tentar a reeleição. Se os vascaínos entenderem que é melhor para o clube a continuidade, ainda tenho fôlego. Vão passar 50 anos e continuarão dizendo que o Roberto rebaixou o Vasco. Mas será que fui eu mesmo? Futebol é um processo coletivo", afirmou.
Dinamite afirmou que o seu maior mérito no comando do clube de São Januário foi recuperar o clube, que passou antes de Roberto, pela gestão de Eurico Miranda, seu desafeto político.
"Tenho defeitos e errei. Mas não me arrependo de nada do que fiz como presidente. Uma das conquistas que tive foi recuperar o respeito da instituição Vasco da Gama. Hoje o clube vive uma democracia", disse.
Roberto admite que os problemas financeiros atrapalharam a sua gestão. Em sua defesa, o presidente contou sobre uma cobrança que recebeu de um ex-atleta da gestão de Eurico.
"Um dia eu estava no shopping, e o Schumacher, do futsal (jogou no Vasco em 2000), me parou para cobrar uma dívida. Disse para ele entrar na Justiça, porque eu não tenho dinheiro para pagar p... nenhuma", concluiu.