Por pedro.logato

Rio - Nenhum outro clube empatou tanto na Série B desse ano quanto o Vasco. Foram sete vezes, sendo que nas duas últimas rodadas, dois empates. E tantos pontos desperdiçados começam a fazer falta. Ainda sem emplacar a tão sonhada arrancada, o técnico Adilson Batista convive com a desconfiança e espera começar a retomada neste sábado, às 16h20, contra o Paraná, em São Januário. E o passado mostra que há muito tempo para ser campeão e garantir a volta para a Série A sem sustos.

Em 2009, quando o Vasco disputou a Série B pela primeira vez, nos 12 primeiros jogos o time também havia tropeçado algumas vezes e não ocupava a primeira colocação. Com seis vitórias, cinco empates e apenas uma derrota, os cruzmaltinos somavam 23 pontos e ocupavam uma vaga no G4, em terceiro lugar.

Vasco encara o Paraná em São JanuárioCarlos Moraes

Curiosamente, foi durante este período que o time iniciou a arrancada para alcançar a ponta da tabela na 19ª rodada e não sair mais. Com um jogo a menos — o duelo contra o Náutico foi adiado para o dia 12 — e os mesmos 12 jogos disputados daquela ocasião, o time do técnico Adilson Batista vê com urgência a necessidade de embalar nesta Série B. Com 19 pontos, o clube ( 10º colocado na tabela) está a quatro do G4 e a oito da liderança.

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“É um momento importante do campeonato. Nós sabemos que precisamos vencer e melhorar a nossa posição na tabela o quanto antes. Também é necessário aumentarmos o número de vitórias, que está baixo e é um dos critérios de desempate. Enfim, precisamos crescer em um todo”, admite o treinador, que não vê facilidade no duelo contra o Paraná, que ocupa a zona de rebaixamento.</CW>

“O adversário teve maior tempo de recuperação, pois não atuou no meio de semana pela Copa do Brasil, e vai complicar a nossa vida. Para vencer, a gente precisa se impor. Superar o Vasco aumenta a motivação das outras equipes, mas queremos fugir dessa situação”, ressalta.

Em 2009, após a arrancada rumo à liderança ainda no primeiro turno, o Vasco somou 76 pontos ao fim da competição e, com 67% de aproveitamento, foi campeão com cinco rodadas de antecedência. Esse ano, no entanto, até agora, só conquistou 53% dos pontos disputados.

Adilson deve manter a equipe

Se em campo o técnico Adilson Batista não deu muitas dicas do time que vai enfrentar o Paraná logo mais, fora das quatro linhas o comandante revelou que a chance de repetir a escalação da equipe que venceu a Ponte Preta por 2 a 1, quarta-feira, pela Copa do Brasil, é grande. A presença de Kléber Gladiador, que não treinou ontem, também foi confirmada.

Com isso, além do atacante, o treinador vai manter o meio de campo com Douglas e Dakson na criação das jogadas. O último jogador ganha nova chance após convencer o treinador:

“Dakson precisava cumprir bem uma função, pois o jeito de jogar do time mudou. Mas ele seguiu bem a determinação.”

Política: clima conturbado nas sociais preocupa

A diretoria e o corpo jurídico do Vasco ainda tentam adiar a data da eleição presidencial e aguardam a resposta do recurso de segunda instância que tramita na 19ª Vara Cível do Rio. Mas, com o pleito marcado para o dia 6 de agosto, a partida de sábado, a última antes da votação, promete servir de pano de fundo para uma verdadeira disputa política nas arquibancadas de São Januário.

O ambiente na área social do clube tem sido conturbado. Na partida contra a Ponte Preta, no meio de semana, sócios promoveram uma batalha eleitoral. O clima, em algumas oportunidades, por pouco não esquentou de vez. Xingamentos, gritos de ordem e até mesmo alianças com facções organizadas aumentam a preocupação da Polícia Militar, que deve reforçar hoje a segurança no estádio.

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