Por pedro.logato
Rio - No mesmo gramado onde os jogadores têm treinado com balizas móveis, operários trabalham para que o Vasco se sinta ainda mais à vontade em São Januário. Legado da Copa do Mundo? Padrão Fifa? Ficou tudo no passado. O presidente Eurico Miranda não perdeu tempo e determinou que o campo, modificado há quase dois anos para atender às exigências da entidade, voltasse a ter as suas dimensões tradicionais. Na prática, o time vai ganha ainda mais espaço para tentar furar a retranca dos adversários.
Eurico pediu retorno das dimensões antigas da ColinaAndré Mourão / Agência O Dia

Um dos Centros de Treinamento que receberam as seleções que disputaram a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa do Mundo, ano passado, São Januário, na época, teve seu campo reduzido de 110 x 75 metros para 105 x 68 metros. O tamanho agradou a antiga diretoria, que decidiu mantê-lo. Internamente, no entanto, a decisão foi muito contestada no clube.

Era unânime entre jogadores e comissão técnica que o espaço reduzido do campo de São Januário prejudicava o rendimento do time por facilitar o trabalho dos adversários, que atuavam na retranca.
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“Encontramos muitas dificuldades na Série B por causa disso. Todos os adversários recuavam e ficavam atrás da linha da bola quando atuavam contra a gente aqui. Com o campo reduzido fica mais fácil de marcar. Agora vamos ter mais espaço, fica melhor para explorarmos nossa velocidade”, disse o zagueiro Rodrigo.
Além de mais espaço para atacar, o Vasco voltará a ficar ainda mais próximo da arquibancada. Uma equipe tem trabalhado desde dezembro para revitalizar o piso e fazer o replantio da área que voltará a ser utilizada.
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RODRIGO E YAGO DISCUTEM APÓS ENTRADA DURA
A dois dias da estreia no Campeonato Carioca, Doriva intensificou os trabalhos em São Januário. E parece que os jogadores assimilaram as ordens do técnico. Durante o treino tático em campo reduzido, ontem, o zagueiro Rodrigo e o jovem atacante Yago se estranharam após ríspida disputa de bola e discutiram. O clima pesado, entretanto, durou pouco e foi contornado pelo defensor, após a atividade.
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“Gosto de treinar como se fosse um jogo e todos sabem disso (risos). É normal sempre ter uma jogada mais forte no futebol. Mas depois fica tudo mais tranquilo. Estamos querendo ajudar o Vasco e está tudo bem”, minimizou Rodrigo, que, com a ausência de Guiñazu, machucado, deverá ser escolhido o capitão do time.