Por jessica.rocha

Rio - Ele já não é mais um garoto, mas, aos 32 anos, Diguinho ainda tem algo a provar na carreira. Preterido pelo Fluminense no fim do ano, o volante precisou esperar cinco meses por uma nova chance. No Vasco, o volante pode reencontrar a paz para trabalhar e, escalado para o jogo de amanhã contra o Atlético-MG, conta com a confiança do técnico para reencontrar o bom futebol e, enfim, recomeçar.

Diguinho sempre teve de vencer a desconfiança de dirigentes e dos torcedores. Não pelo futebol em si, mas pela vida agitada fora dos gramados. Em campo, o volante chegou a ser cotado à seleção brasileira, em 2008, quando defendia o Botafogo, e foi peça fundamental no ‘Time de Guerreiros’ do Fluminense que escapou do rebaixamento em 2009 e foi campeão brasileiro no ano seguinte. Fora das quatro linhas, no entanto, não escapava das polêmicas.

Se não bastasse a vida noturna agitada — ele, por exemplo, teve de ir à polícia depor após morte do jovem Daniel Duque na saída de uma boate em 2008 —, Diguinho, que até hoje aparece em fotos de festas, também foi vítima da agressão de tricolores nas Laranjeiras. Ele, tempos depois, acabou denunciado pelo Ministério Público Federal por contrabando e lavagem de dinheiro, e foi investigado pela Polícia por adquirir de forma ilegal um carro importado do atacante Emerson Sheik.

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Diguinho está pronto para estrear com a camisa do VascoPaulo Fernandes/Vasco.com.br

De destaque no Botafogo e consolidado no Fluminense, o volante, hoje com 32 anos, foi perdendo espaço, não renovou com o Tricolor, e ficou cinco meses sem clube até que as portas de São Januário fossem abertas. No Vasco, o jogador busca um recomeço e, o mais importante, a tranquilidade para trabalhar sem a perseguição fora de campo.

Diguinho, pelo menos, conta com o apoio e a confiança do técnico Doriva. Ele estreará amanhã e já como titular na equipe. “É um ótimo jogador, com um lastro interessante. Diguinho sempre atuou em grandes equipes e está acostumado a atuar em competições de alto nível. A expectativa é boa. Apesar de não estar no melhor ritmo, ele está bem treinado e tem um físico privilegiado. Estamos confiantes”, declarou.

Doriva sem medo de pressão

Um dia depois de o presidente Eurico Miranda afirmar que não tem o hábito de demitir treinadores no Vasco, Doriva, que confirmou também a presença de Riascos no ataque contra o Atlético-MG, amanhã, elogiou a postura do clube e ressaltou que, mesmo após cinco empates consecutivos, não se considera pressionado na Colina.

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“Estou respaldado, mas sei que temos de buscar o resultado. Tem a sequência de empates, mas o retrospecto é positivo e temos reforçado o elenco. O campeonato é muito difícil e a equipe tem demonstrado performance. Evidente que tem faltado o gol para a gente vencer, mas logo as vitórias virão”, disse o treinador, que acrescentou.

“Sei como é o futebol e, por mais que esteja respaldado pela diretoria, não estou acomodado”, completou.

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