Por edsel.britto

Rio - A torcida vascaína sangra em absoluto silêncio, no penoso calvário da equipe, que caminha a passos largos para seu terceiro rebaixamento na história do Brasileiro. Saco de pancada dos adversários, chacota nacional, tem sido duro carregar a cruz de Malta nos últimos tempos. Só na era Celso Roth foram cinco derrotas e três vitórias, com 15 gols sofridos em oito jogos e aproveitamento de 37,5% dos pontos. Uma campanha que deixa o futuro do treinador em aberto, apesar de o presidente Eurico Miranda garantir, no momento, sua permanência.

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Após o último vexame — derrota por 3 a 0 para o Corinthians, em São Paulo —, que manteve o time no Z-4, a expectativa era de que o desembarque, na quinta-feira à tarde, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, terminasse em confusão. Mas os torcedores não fizeram manifestação. Sob proteção policial — mais de 15 homens, além de meia dúzia de seguranças particulares do clube —, os jogadores chegaram com cara de poucos amigos e não quiseram papo com os jornalistas. A maioria se esquivou das perguntas colocando o inseparável fone de ouvido, como se houvesse clima para se ouvir algum tipo de música no momento.

Vasco faz desembarque tranquilo no Rio de Janeiro e sem protestos da torcidaBruno de Lima

Em um elenco recheado de jogadores experientes, foi um dos mais jovens que teve coragem de falar com a imprensa. “Não há palavras que eu possa dizer para acalmar os torcedores. A única coisa a se fazer é trabalhar bastante para reverter essa situação o mais rapidamente possível. Falar não adianta. A derrota tem que doer mesmo, para a gente melhorar e crescer a cada dia”, desabafou o zagueiro Luan.

NOVE DIAS QUE CAÍRAM DO CÉU PARA ROTH

Para encontrar forças para reagir no Campeonato Brasileiro e sair do fundo do poço, o técnico Celso Roth ganhou nove dias de folga para colocar o time no prumo. A esperança da torcida vascaína é a de que neste tempo valioso, o técnico corrija os erros antigos e o Vasco volte a jogar um futebol digno de suas tradições.

“Trabalhar é importante. O Celso deu uma entrevista dizendo que teve pouco dias para treinar. Então, esse é o momento de nós pararmos, treinarmos e melhorarmos. Todos têm que ter um pensamento só que é de tirar o clube dessa situação”, disse Luan

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