Rio - Para tentar salvar o Vasco do terceiro rebaixamento de sua história no Campeonato Brasileiro e resgatar a autoestima dos jogadores, a diretoria aposta em um técnico de perfil conciliador e com DNA vencedor. O escolhido para substituir Celso Roth, demitido após a derrota por 1 a 0 para o Coritiba, foi o tetracampeão mundial Jorginho. Ele será apresentado hoje de manhã, em São Januário, ao lado do auxiliar técnico Zinho e do preparador físico Joelton Urtiga.
Tetra em 1994 com a Seleção, na qual foi auxiliar técnico de Dunga durante os anos de 2006 e 2010, Jorginho estava desempregado há um ano, desde que deixou o Al-Wasl, dos Emirados Árabes. Nos últimos dias, por pouco não acertou com o Figueirense, mas recuou para dirigir o time de seu coração na adolescência e pelo qual atuou como jogador em 2000, quando foi campeão brasileiro e da Copa Mercosul.
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Mas o novo técnico não era o primeiro nome na lista da diretoria. O clube tentou sem sucesso Oswaldo de Oliveira, mas pendências jurídicas e financeiras, no valor de quase R$ 2 milhões, inviabilizaram o acerto. Paulo César Gusmão também foi procurado. O presidente Eurico Miranda tentou a sua liberação com a diretoria do Joinville, mas o clube catarinense não abriu mão. Diante da dificuldade em encontrar no mercado o treinador ideal, e da urgência em buscar um comandante para dirigir o time no duelo com o Flamengo, quarta-feira, o nome de Jorginho surgiu como boa opção.
Mas seu último trabalho no futebol carioca não deixou saudade. Em 2013, substituiu Dorival Júnior no comando do Flamengo, onde ficou por apenas três meses. Foi demitido após a eliminação no Carioca e o mau início no Campeonato Brasileiro.
No dia em que faz 51 anos, o evangélico Jorginho terá pela frente a missão mais difícil da carreira. Resgatar a fé dos jogadores em si mesmos e o espírito vencedor que tem faltado ao time, sob pena de cair no inferno da degola. Fé não faltará para evitar o purgatório vascaíno.