Rio - O Vasco, enfim, terá um tempo para respirar, recarregar as baterias, corrigir os erros e, principalmente, esfriar a cabeça. Em 29 jogos no Campeonato Brasileiro, o time lidera uma triste lista, com 100 cartões recebidos. Está mais do que na hora de o técnico Jorginho ligar o alerta e tenta controlar o lado emocional do grupo. E a pressão promete ser ainda maior nas últimas nove rodadas da competição.
Ao sair de campo depois do empate em 1 a 1 com o Avaí, na Ressacada, o comandante reclamou da arbitragem. Mas a tristeza por não poder contar com quatro de suas principais peças foi ainda maior. Martín Silva, Madson, Jorge Henrique e Rafael Silva estão suspensos e não pegam a Chapecoense.
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Pressionado, o Vasco não tem se entendido com a arbitragem. Só no último jogo foram cinco cartões amarelos e dois vermelhos. Se não bastasse liderar a lista de advertências — o Coritiba, que é o segundo, recebeu 96 —, o Vasco também sobra quando o assunto é expulsão: foram 12 até o momento.
Só o atacante Rafael Silva conseguiu a proeza de ser expulso contra o Avaí tanto no primeiro quanto no segundo turno. Domingo passado, por sinal, ele só pôde entrar em campo porque a diretoria conseguir um efeito suspensivo no STJD, que o puniu com três jogos de gancho por causa do cartão vermelho que também levou contra o Atlético Mineiro.
Jorginho entende que em determinados momentos é difícil controlar a emoção, mas espera que seus jogadores também superem a pressão vinda de fora de campo. “Às vezes é difícil segurar, que a gente vê um monte de absurdo e acaba extravasando. Mas é preciso manter o equilíbrio. Gostaria de contar com a força máxima para o jogo contra a Chapecoense, mas não vou poder”, lamentou.
Para se ter uma ideia, o Corinthians, que é o líder do Brasileirão, recebeu apenas 51 cartões — praticamente a metade do Vasco — e teve apenas dois jogadores expulsos.
