Por gabriela.mattos

Rio - O varejo de material de construção deve ter crescimento tímido neste ano, mas comerciantes do segmento investem na diversificação de produtos. A estimativa do Ibope Inteligência é que o setor irá disputar um mercado de R$ 154,5 bilhões em 2017, aumento de 2,3% em relação a 2016. O principal público-alvo é a classe B. De acordo com o Pyxis Web, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope Inteligência, as famílias dessa classe serão responsáveis por 41% do faturamento do setor, o que representa R$ 64 bilhões. O Rio aparece em segundo lugar entre os municípios do setor, movimentando R$ 8,5 bilhões — atrás de São Paulo, com R$ 13,4 bilhões.

O potencial de consumo apontado pelo levantamento se refere apenas ao domiciliar — compras de pessoa física junto a varejistas do ramo, incluindo tintas e acessórios para pintura, materiais elétrico, hidráulico e básico, ferragens, madeiras, esquadrias, portas e batentes, pisos e revestimentos, metais para banheiro, luminárias e produtos para construção e reforma.

Revestimento%2C como porcelanato%2C é vendido a partir de R%24 16%2C90 o metro quadrado%2C na rede Construmais%2C além de outros produtos em oferta no localDivulgação

Levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat) constata que 26,9% das empresas considera que maio vai apresentar bom desempenho de vendas no curto prazo para o mercado interno — em abril, a expectativa era de 11,5%. “O empresariado enxerga um cenário melhor, com expectativa de estancar a queda nas vendas, mas é preciso ter cautela. Fatores como instabilidade política, desemprego em alta e a escassez de crédito dificultam a retomada do crescimento, que só deve acontecer em 2018”, destaca Walter Cover, presidente da Abramat.

Na Madeshow, na Pavuna, o pagamento pode ser feito em até 12 vezes e o cartão Construcard da Caixa também é aceito. Segundo a diretora da loja, Lessandra Cardoso, é preciso ter preços e produtos atraentes para fazer com que o consumidor vá até a loja. “Temos novidades em decoração. Hoje, a moda é não combinar. A cor do caixonete não precisa combinar com a porta na cor de madeira. A proposta é manter uma harmonia e fazendo com que a porta na cor de madeira fique em evidência. E para compor o ambiente, a parede cinza e o puxador cromado dão um ar moderno”, diz.

Na Construmais, quem paga à vista tem desconto e quem optar pelo Construcard terá o mesmo preço à vista. De acordo com Iuri Russo, diretor da rede, o setor registra melhora, principalmente neste mês. “Além disso, tem o dinheiro da conta inativa do FGTS e o Cartão Reforma, onde o governo vai liberar em média R$ 5 mil para famílias que recebem até R$ 2,8 mil. O cimento, por exemplo, nunca teve um preço tão baixo como o de hoje”, analisa Russo. Outros itens também estão com valores menores, como a caixa d’água de polietileno de mil litros, vendida a partir de R$ 209, e a telha Brasilit de 2,40x1,10m e 5 mm, que sai por R$ 39,90. Revestimentos também estão em promoção. O porcelanato custa a partir de R$ 16,90 o metro quadrado e a pastilha de vidro está por R$ 9,90 a placa. Outra opção é a textura rústica lata de 28 quilos por R$ 58,90. A Construmais conta com duas lojas em Realengo.

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