Nicolás Maduro, presidente da Venezuela - Francisco Batista
Nicolás Maduro, presidente da VenezuelaFrancisco Batista
Por AFP

Venezuela - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, defendeu, nesta quarta-feira, a união da esquerda na América Latina, após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) no Brasil e o avanço da direita em outros países da região.

"Derrubaram Dilma Rousseff. Impuseram lá uma ditadura e sequestraram este grande líder Luiz Inácio Lula da Silva", disse Maduro, sobre a prisão do ex-presidente, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. "Se Lula tivesse sido candidato, tenham a certeza de que ganharia", declarou, sobre a eleição de domingo passado no Brasil.

Maduro, que visitou Cuba na terça, citou os presidentes da Argentina, Mauricio Macri, e da Colômbia, Iván Duque, para exemplificar o avanço da direita na região.

"Tem futuro o povo sul-americano com um Macri, com um Duque à frente?! (...) Estamos em uma imensa confrontação geopolítica de modelos, projetos e ideias", declarou Maduro, em um ato no qual esteve presente o embaixador cubano na Venezuela, Rogelio Polanco.

Na segunda, o governo em Caracas felicitou Bolsonaro pela vitória, exortando o presidente eleito a "retomar, como países vizinhos, o caminho das relações diplomáticas de respeito" com a Venezuela.

Alba

No que definiu como uma "correlação de forças amigáveis", Maduro defendeu nesta quarta um novo impulso na Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), organização regional fundada pelos finados líderes Hugo Chávez e Fidel Castro. Hoje, o grupo é formado por Antigua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Granada, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, San Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela.

Colômbia, Brasil e Equador, entre outros países latino-americanos, têm manifestado sua preocupação com a situação migratória na Venezuela. Segundo a ONU, 1,9 milhão de venezuelanos já abandonaram o país desde 2015.

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