Um balanço provisório feito pelas autoridades locais apontam 89 vítimas no Zimbábue, 84 em Moçambique e 56 no Malawi - Foto: Lusa/EPA
Um balanço provisório feito pelas autoridades locais apontam 89 vítimas no Zimbábue, 84 em Moçambique e 56 no MalawiFoto: Lusa/EPA
Por Leandro Chagas*

Uma verdadeira catástrofe acertou em cheio o continente africano. O ciclone Idai, que atingiu o centro de Moçambique na noite da última quinta-feira (14), e avançou em direção ao Zimbábue e o Malawi, deixou um rastro de destruição na África. Um dos locais mais afetados foi a cidade de Beira, a segunda maior de Moçambique, que foi destruída em aproximadamente 90% por ventos de mais de 100 quilômetros por hora.

Nesta segunda feira-feira (18), Filipe Nyusi, presidente de Moçambique, estimou que o número de mortos pode chegar a mais de mil pessoas.

“No momento, oficialmente registramos 84 mortos. Mas quando sobrevoamos a área nesta manhã para entender o que aconteceu, tudo indica que poderemos registrar mais de mil óbitos”, afirmou.

Nyusi classificou o acontecimento como “um verdadeiro desastre humano”, e ainda acrescentou: “Mais de 100 mil pessoas correm perigo de vida. Durante o voo, vimos corpos flutuando na água”, completou.

O presidente disse também que mais de 400 pessoas já foram salvas de áreas inundadas.

Confira o depoimento completo:

Um balanço provisório feito pelas autoridades locais apontam 89 vítimas no Zimbábue, 84 em Moçambique e 56 no Malawi.

No domingo (17), um avião da ONU desembarcou em Beira, trazendo 22 toneladas de biscoitos enriquecidos, que segundo as Nações Unidas deve alimentar 22 mil pessoas durante os próximos três dias.

Em entrevista à agência francesa de notícias AFP, o ministro do Meio Ambiente de Moçambique, Celso Correia, afirmou que este é o maior desastre natural na história do país, e que a prioridade do governo é salvar vidas.

No Zimbábue, o presidente Emmerson Mnangagwa declarou estado de emergência, e falou que o governo vem coordenando uma resposta junto com o Departamento de Proteção Civil, que terá o apoio de organizações humanitárias. Além disso, o Exército vem apoiando as operações de busca e resgate em áreas de grande risco.

Já no Malawi, estima-se que quase 1 milhão de pessoas tenham sido afetadas pela passagem do Idai. Segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha, aproximadamente 80 mil pessoas tiveram suas casas destruídas pelo ciclone e estão em busca de locais para se abrigar.

*Estagiário sob supervisão de Thiago Antunes

 

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