Presidente da Espanha, Pedro Sanchez, vota em eleição para definir o Parlamento
 - JAVIER SORIANO / AFP
Presidente da Espanha, Pedro Sanchez, vota em eleição para definir o Parlamento JAVIER SORIANO / AFP
Por AFP

Madri - A Espanha vota, neste domingo, em eleições legislativas para decidir o Parlamento do país. Até às 20h00 (15h00 no horário de Brasília), cerca de 37 milhões de espanhóis são chamados para eleger os 350 deputados da câmara baixa e 208 dos 266 senadores.

O presidente do governo, o socialista Pedro Sánchez, é favorito, mas sem maioria absoluta e a votação tem duas grandes incógnitas: o resultado da extrema direita e as possíveis coalizões de governo. Pedro é chefe de um governo minoritário desde junho. Tudo indica que ele não terá maioria absoluta, sendo necessário o apoio de outros para continuar no poder.

Depois de votar neste domingo, o atual presidente pediu "uma maioria parlamentar suficientemente ampla que permita quatro anos de estabilidade", para obter avanços nas áreas "de justiça social, harmonia nacional e limpeza política", depois de "muitos anos de instabilidade, de incerteza".

O partido de esquerda radical Podemos quer governar com ele, para garantir "a presença de políticas de esquerda na Espanha", como disse seu líder, Pablo Iglesias, confiante de que há "uma ampla maioria progressista" no país.

Mas o socialismo enfrenta nessas eleições três partidos que já arrebataram a região da Andaluzia, seu maior reduto até recentemente: Ciudadanos, Partido Popular (PP) e o Vox de extrema direita. A ascensão deste último é a grande novidade em um país onde, diferentemente do resto da Europa, a extrema direita era marginal até poucos meses atrás.

Sánchez "me parece uma opção moderada. Não fez muito mal nos últimos meses", disse Carlos González, aposentado da construção civil.

Em Barcelona, Victoria Gracia, de 59 anos, declarou ter votado no Podemos "para que façam um pacto com o PSOE", e porque considera "repulsivo" pensar em um Executivo de direita.

Ao seu lado, a aposentada Teresa Díaz se desencantou com o Ciudadanos, firme defensor da unidade da Espanha, frente ao desafio separatista da Catalunha. "Espero que a direita vença para colocar ordem aqui, mas estou angustiada".

 

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