Por rafael.souza

Pequim - Parentes dos passageiros chineses que estavam no voo MH370, desaparecido há dois anos, fizeram nesta terça-feira vários protestos em Pequim para pedir à companhia Malaysia Airlines e ao governo da Malásia respostas.

À entrada do principal santuário budista de Pequim, o templo do Lama, cerca de 30 familiares pediram aos jornalistas que o caso siga aberto até que o mistério seja resolvido. "Não devem parar as buscas nem a investigação", pediu um familiar, segurando um cartaz que dizia "Que (nossos parentes) voltem sãos e salvos". Para muitos destes familiares, o governo da Malásia e a companhia aérea escondem a verdade. "Foram dois anos de mentiras", denunciava Zhong Yongli enquanto a polícia acompanhava a movimentação de perto.

Como aconteceu durante o primeiro aniversário do desaparecimento do avião, o número de policiais no famoso templo pequinês superava o de familiares, apesar de desta vez não ter havido empurrões e as autoridades terem permitido aos parentes se expressarem. Após se mostrarem irritados com o andamento do caso, alguns familiares chineses entraram no santuário para rezar. "Após dois anos, (as autoridades) não chegaram a nenhuma conclusão, portanto achamos que nossos próximos estão vivos", afirmou a mãe de um dos 153 passageiros chineses do MH370.

O grupo se dirigiu depois ao escritório da Malaysia Airlines em Pequim para acompanhar a entrevista coletiva sobre o caso que estava programada em Kuala Lumpur, mas não conseguiram entrar e decidiram ir à embaixada da Malásia.

No local os familiares voltaram a pedir para serem ouvidos e atendidos, após dois anos sem resposta sobre as 239 pessoas que embarcaram em Kuala Lumpur com destino a Pequim e que nunca aterrissaram na capital chinesa.

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