Por lucas.cardoso

Tóquio - A Agência Meteorológica do Japão descartou nesta sexta-feira a possibilidade de um tsunami no litoral sul do país depois que um forte terremoto de 7 graus na escala Richter, o segundo em dois dias, atingiu a região durante a madrugada.

As autoridades japonesas tinham dado aviso de um possível tsunami com ondas de um metro depois do terremoto que aconteceu às 1h25 local (13h25, de Brasília na sexta-feira) e cujo epicentro se situou a um quilômetro de Kumamoto, uma cidade de mais de 700 mil habitantes situada no litoral ocidental da ilha de Kyushu.

No entanto, o alerta de tsunami foi cancelado aproximadamente uma hora depois, segundo a rede de televisão japonesa "NHK". Os serviços de emergência japoneses é responsável pelo resgate na região após receber chamadas de cidadãos que sofreram danos, informou a "NHK", à espera de que sejam avaliadas as consequências. O terremoto de hoje aconteceu um dia depois que outro terremoto de 6,5 na escala Richter foi sentido na noite de quinta-feira no sudoeste do país e deixou pelo menos nove mortos e 1.126 feridos.

O de ontem foi o tremor mais forte no país asiático desde o que gerou o tsunami de 2011, no qual morreram mais de 18 mil pessoas, além de ter provocado um desastre nuclear na central de Fukushima. A usina nuclear de Sendai, que é a única atualmente em operação no Japão, fica cerca de 120 quilômetros de onde ocorreu o terremoto de hoje.

O terremoto da quinta-feira deixou nove mortos, quatro homens e cinco mulheres, que faleceram em acidentes causados pelo terremoto no distrito de Mashiki e na cidade de Kumamoto. O sismo também deixou 1.126 feridos de 13 municípios e 44,4 mil pessoas foram evacuadas, das quais 16 mil procedentes de 18 localidades ainda permanecem fora de suas casas, segundo os dados mais recentes oferecidos pelas autoridades japonesas.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, deve viajar neste sábado à zona atingida pelo terremoto para visitar alguns dos afetados.

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