Por clarissa.sardenberg

Rio - O constante perigo na Linha Vermelha virou destaque na mídia internacional após o assalto da atleta paralímpica Liesl Tesch neste domingo, no Rio. O tabloide britânico "Daily Mail" lembrou que a rota é a "única opção direta para os fãs de esporte e atletas que irão desembarcar no aeroporto do Rio." "A via cercada por favelas, que são dominadas por traficantes de drogas altamente armados", publicou o jornal.

O tabloide ressalta que a falta de segurança na cidade é total e que faltam apenas sete semanas para os Jogos. "Apesar das promessas de limpar a cidade de crimes e drogas, aparentemente são os traficantes que parecem estar no controle", citou o jornal.

Atleta relata desespero em assalto no Rio e Austrália exige mais segurança

Tiroteios na Linha Vermelha foram citados por publicação britânicaReprodução / TV Globo

Casos que os cariocas por muitas vezes não estranham mais ver foram mencionados e outros mais sérios também, como o do pai que saiu do veículo para proteger sua filha e o da adolescente morta em um arrastão Ana Beatriz Frade. A publicação destacou que a jovem de 17 anos morreu no Dia das Mães. Uma série de crimes foi relatada em seguida.

A crise do Rio, que declarou calamidade do estado na última sexta-feira, não passou em branco. Uma fala do secretário de Segurança do Rio José Mariano Beltrame, de março, foi lembrada pelo jornal, que afirma, que o investimento em segurança estava "quase zero."

A Chefe de missão do Comitê Olímpico australiano, Kitty Chiller, escreveu aos organizadores da Olimpíada do Rio para que reforcem "com alguns dos seus 100 mil homens" a segurança para proteger os atletas que irão participar das competições, publicou o "Sidney Morning Herald". O pedido ocorre após a atleta paralímpica Liesl Tesch ser assaltada na manhã deste domingo, no Aterro do Flamengo, na Zona Sul. "Meu Deus, uma arma! É uma arma!", disse Liesl desesperada, no dia.

Liesl Tesch, de 47 anos, representa a Austrália nas competições paralímpicas de basquete e vela. "Acho que ele disse 'dinero'", afirmou a atleta sobre o assalto ao "Channel Nine". "Eu falo um pouco de Espanhol então levantei minha blusa e mostrei a ele que não carregava dinheiro algum. Mas ele disse outra coisa e colocou a arma no meu peito, me empurrou e eu caí. Naquele momento só pensava: Ele tem uma arma, uma arma", relatou ela.

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