Rio - O terrorista sírio Jihad Ahmad Deyab, de 45 anos, ex-presidiário de Guantánamo, em Cuba, foi localizado na Venezuela, de acordo com o jornal argentino "La Nacion". A informação foi divulgada no programa de TV "Santo y Seña". Um alerta havia sido emitido às autoridades brasileiras pelo Uruguai após ele desaparecer do país. Nesta quarta-feira, a Polícia Federal (PF) do Brasil afirmou que chegou a fazer inúmeras ações de busca pelo extremista, mas que não havia o encontrado.
PF faz buscas, mas não confirma que terrorista sírio está no Brasil
Deyab atuava como recrutador da al-Qaeda na Europa e fez parte de ações terroristas do grupo na África. Autoridades do Uruguai, que procuram por Deyab. Ele foi acolhido no país como refugiado antes de desaparecer. O pedido de ajuda foi feito também à Argentina e outros da América do Sul.
De acordo com a imprensa uruguaia, Deyab nasceu no Líbano de pai sírio e mãe argentina. Ele foi acolhido pelo governo Mujica em dezembro de 2014 junto com outros cinco ex-detentos e seria o "mais rebelde" deles. O extremista acusou o Uruguai de não "cumprir o prometido" quando o recebeu e desencorajou outros a se mudarem para lá.
Jihad estaria usando um passaporte falso de origem marroquina, jordaniana ou síria. Sua identidade e passaporte originais, no entanto, são expedidos pelo Uruguai. De acordo com o alerta emitido pela aérea, o homem tem dificuldade de locomoção, usa muletas e não fala português.
O alerta de buscas pelo terrorista ocorreu no último dia 1°, através da companhia aérea Avianca. Foi solicitado que "caso seja detectada a presença do sírio em território brasileiro, a Polícia Federal seja imediatamente comunicada". Todas as companhias aéreas que operam no Brasil receberam a ordem de divulgar o comunicado para ajudar nas buscas pelo homem.