Por clarissa.sardenberg

Inglaterra - Após firme aperto de mãos com Elizabeth II, Theresa May foi empossada a segunda primeira-ministra da história da terra da rainha. “Juntos vamos construir um Reino Unido melhor”, enfatizou May antes de entrar em 10, Downing Street com o marido, Philip. May afirmou que o Executivo trabalhará a favor da justiça social e para todos os cidadãos, não para “alguns poucos privilegiados”. Ao se referir ao ‘Brexit’, a saída britânica da União Europeia, May — que fez discreta campanha pela permanência —, garantiu que o Reino Unido “estará à altura do desafio”, mas acredita que o resultado será “positivo”.

May rendeu tributo ao antecessor, David Cameron, que disse que conseguiu estabilizar a economia, reduzir o déficit fiscal e ajudou milhares de pessoas a encontrar trabalho. “Mas o verdadeiro legado de David não é a economia, mas a justiça social”, especificou a premiê.

Theresa May vai comandar o Reino Unido no lugar de David Cameron EFE

Apesar das pressões de líderes do continente por um rápido desfecho do ‘Brexit’, May voltou a afirmar que não pretende iniciar o processo tão cedo. A invocação do Artigo 50 do Tratado de Lisboa deve ficar para o ano que vem — mas já se sabe quem vai ajudá-la nas duras negociações. Boris Johnson, ex-prefeito de Londres que militou ativamente pelo ‘Brexit’, é o novo ministro das Relações Exteriores.

May, de 59 anos, é a segunda mulher à frente do governo britânico desde Margaret Thatcher, no poder entre 1979 e 1990. Será a 13ª primeira-ministra do reinado de Elizabeth II desde sua ascensão ao trono em 1952.

A ex-ministra do Interior também criticou em seu discurso as injustiças sociais, dizendo que seu governo "não será guiado pelos interesses de uns poucos privilegiados".

De acordo com a imprensa local, a composição de seu governo e Gabinete também será majoritariamente de mulheres, já que a nova premier tem como meta reequilibrar a disparidade de gênero. A nova moradora de Downing Street elogiou o legado de Cameron. "Ele foi um grande premier", disse, lembrando que seu antecessor "estabilizou a economia" britânica.

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