Por clarissa.sardenberg

Síria - O Comando Supremo das Forças Armadas da Síria declarou nesta segunda-feira o fim da trégua de uma semana no país árabe, que expirou à 0h (horário local), em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial, "Sana". Na nota, o exército sírio explicou que tomou esta decisão após as mais de 300 violações do cessar-fogo por parte de "organizações terroristas armadas", que conseguiu documentar.

Pouco depois de o exército do país declarar o fim da trégua, a maior cidade do norte do país, Aleppo, voltou a ser bombardeada, denunciaram ativistas.

Omran Daqneesh, de 5 anos, comoveu o mundo ao ser resgatado de bombardeio na Síria este anoReprodução/Youtube

O porta-voz da Defesa Civil da Síria, Khaled Khatib, explicou para a Agência Efe por telefone que na última hora houve cerca de 20 bombardeios na parte oriental da cidade, que é controlada pela oposição e está cercada pelas forças governamentais; e em sua periferia norte e oeste.

"Há dezenas de mortos e ainda há gente sob os escombros", afirmou Khatib, que acrescentou que ainda não há um número exato de vítimas.

Antes desta trégua ter início, especialistas diziam que esta poderia ser a última chance de paz para a Guerra Civil que já dura há mais de cinco anos na Síria EFE

O Centro de Informações do Assédio de Aleppo - uma rede de ativistas nos distritos sitiados - informou por sua vez que aviões de guerra bombardearam os bairros de Al Maadi e Al Salhin, assim como em Auram al Kubra, ao norte da cidade.

Precisamente, um comboio de ajuda da ONU e do Crescente Vermelho da Síria tinha entrado em Auram al Kubra nas últimas horas, segundo informou o Escritório para Assuntos Humanitários (OCHA) das Nações Unidas, mas nenhuma das duas organizações confirmou o ataque aéreo, até o momento.

Além disso, a organização Legista de Aleppo Livre, que presta atendimento médico na região, garantiu que também houve bombardeios no distrito de Al Sukari, no leste da cidade.

Anteriormente, o Comando Supremo das Forças Armadas sírias declarou o fim da trégua de uma semana no país árabe, cujo prazo expirou à meia-noite, depois das violações que constatou e pelas quais culpou "organizações terroristas armadas".

Você pode gostar