Por clarissa.sardenberg

Estados Unidos - O furacão Matthew chegou à costa da Florida nesta sexta-feira e deve atingir o solo nas próximas horas de acordo com fontes oficiais do governo norte-americano. O fenômeno foi rebaixado para uma tempestade de categoria três na madrugada desta sexta-feira pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês), de acordo com informções à emissora "CNN". No entanto ainda é o furacão mais perigoso que o estado da Flórida viu nos últimos tempos.  O presidente Barack Obama declarou emergência no estado, no vizinho Georgia e na Carolina do Sul, além de pedir a evacuação das áreas.

Uma mulher que sofreu um ataque cardíaco em Saint Lucie, a 114 milhas (180 quilômetros) ao norte de Miami, não pôde ser levada a um hospital nem atendida pelos serviços de emergência devido aos efeitos do ciclone e morreu, informaram as autoridades locais.

Imagem do furacão Matthew na costa da Flórida nesta sexta-feiraAFP

O jornalista brasileiro Ilton Caldeira, que vive na cidade de Pembroke Pines, no condado de Broward, disse à agência "ANSA" que o clima na Florida é de "apreensão", mas que a população tenta manter a calma. "As pessoas ficam atentas aos alertas oficiais, mas sem pânico.

"Nas últimas segunda e terça-feira, houveu uma grande movimentação de pessoas em busca de água, energético, comida enlatada, gasolina e gás para cozinhar", disse Caldeira.

Em sua passagem pelo Caribe, o furacão deixou 269 pessoas mortas apenas no Haiti, de acordo com fontes do governo. De acordo com a emissora, se atingir a Flórida com força, o furacão pode deixar locais inabitáveis por semanas.

Furacão Matthew chegou à Flórida depois de arrasar Haiti%2C onde deixou cerca de 300 pessoas mortasEFE

Autoridades recomendam que neste momento as pessoas permaneçam em suas casas. "Os ventos são muito fortes. Não queremos ninguém nas estradas. É muito perigoso", disse o prefeito de Cocoa Beach, Tim Tumulty, em entrevista à "CNN".

Matthew já atingiu Haiti, Jamaica, Cuba, República Dominicana e Bahamas, e as autoridades americanas estão agindo com muita cautela, alertando que o furacão pode matar.

Anteriormente foi feito um pedido para que os moradores deixassem suas casas. O Serviço Nacional de Meteorologia emitiu um comunicado com uma dura advertência: "Não há memória viva local do potencial deste evento. Se um impacto direto ocorrer será diferente de qualquer furacão na era moderna".

As estradas estavam repletas de pessoas que se dirigiam ao interior para escapar da tempestade, que acredita-se que será forte o suficiente para arrancar árvores e destruir telhados ou casas inteiras.

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