Por clarissa.sardenberg
Haiti - Mesmo após sete anos da tragédia, o Haiti ainda enfrenta inúmeros problemas causados pelo terremoto que devastou o país em 12 de janeiro de 2010. Milhares de pessoas ainda estão desabrigadas, vivendo em condições precárias e enfrentando surtos de doenças.
Após o sismo de 7 graus na escala Richter registrado às 16h53 do dia 12, ao menos 230 mil pessoas morreram, outras 300 mil ficaram feridas e mais de 1,5 milhão de haitianos perderam suas casas. Desde a capital, Porto Príncipe, até cidades menores, houve devastação em larga escala.
Após terremoto de 2010 no Haiti%2C mais de mais de 1%2C5 milhão perderam suas casasAFP

Diversas instituições e governos anunciaram que enviariam diversos tipos de ajuda que, mesmo constantes, não foram suficientes para dar condições dignas de vida a todos aqueles que foram afetados pelo tremor.

Uma das instituições que ajuda o povo haitiano há sete anos é a Caritas Italia, entidade gerida pela Igreja Católica, e que divulgou nesta quarta-feira um relatório sobre a pobreza no mundo que tem como foco o Haiti.

Haitiano sendo resgatado por forças israelenses em Porto Príncipe%2C em 2010AFP

Segundo a instituição, em documento enviado à "Rádio Vaticana", "até agora foram financiados 250 projetos de solidariedade, num montante de quase 24 milhões de euros e em diversos âmbitos: ajudas imediatas, reconstrução, socioeconômico, hídrico-sanitário, animação-formação- instrução. A maior parte dos projetos foi implementada nas áreas atingidas pelo sisma (oeste e sudeste da ilha), mas também em todas as 10 dioceses do país".

Além de tentar se recuperar do terremoto de 2010, o Haiti precisou enfrentar outra catástrofe climática em 2016. Em outubro, a passagem do furacão Matthew matou mais de mil pessoas e afetou mais de dois milhões, segundo dados das Nações Unidas.