Por gabriela.mattos
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Estados Unidos - Criticada pelas suas formas no concurso Miss Universo 2017, a estudante de Direito Siera Bearchell, a Miss Canadá, chamou atenção e levantou debates sobre os padrões estéticos feminino e o corpo ideal nas redes sociais,ganhando a defesa das brasileiras. A professora do Programa de Pós-graduação em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida, Joana Novaes destaca que a miss sofreu lipofobia, popularmente conhecido como gordofobia. Desfilar é uma vitória.

“Muitas meninas sofrem esses ataques e acabam adoecendo, por conta da pouca aceitação com o corpo. Elas são diretamente afetadas emocionalmente”, explica a especialista. A professora conta que isso interfere nas relações de convivência. “A pessoa se deprime e se sente invisível socialmente. Fica com vergonha de ir à praia e de ter um relacionamento com uma pessoa”.

A modelo internacional plus size Fluvia Lacerda diz que não se ofende com comentários negativos. “É nada mais que uma palavra descritiva para mim. Quanto à Miss Canadá, ela se enquadra muito mais ao padrão do mundo real, portanto, representa a realidade da aparência feminina”.
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A estudante Agnes Mendes, de 21 anos, acredita que a repercussão foi positiva. “Ela nos dá a oportunidade de debater sobre gordofobia e sobre os padrões que a indústria impõe sobre as mulheres e, principalmente, as modelos. Espero que a nossa sociedade seja mais acolhedora quando o assunto é o corpo feminino”.
A estudante Giuliana Simas, de 20 anos, diz que a atitude da miss foi corajosa. “Ela mostrou para o mundo que esse negócio de mulher magra está fora de moda e contexto. Achei encorajador”.
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Reportagem da estagiária Marina Cardoso
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