Por thiago.antunes

Chicago - Na semana em que seu sucessor, Donald Trump, completa cem dias na Casa Branca (sábado), o ex-presidente americano Barack Obama decidiu retomar as atividades públicas. Depois de quase três meses de silêncio, o democrata lançou um desafio: incentivar a participação política de uma nova geração de ativistas.

O ex-chefe de Estado coordenou diálogo com jovens líderes na Universidade de Chicago, onde começou como coordenador comunitário há cerca de 30 anos. Obama recebeu uma ovação ao entrar no auditório e provocou gargalhadas ao perguntar ao público: “Então, o que aconteceu enquanto estive fora?”

Obama foi ovacionado ao entrar no auditório da universidadeEfe

Antes de iniciar os debates, Obama disse que “a coisa mais importante que posso fazer por este país agora é preparar uma nova geração de líderes para a tomar a iniciativa de tentar mudar o mundo”.

Apesar de evitar cuidadosamente fazer qualquer referência a Donald Trump ou à atualidade política, Obama criticou a influência do dinheiro e dos grupos de interesse na política.

“Nossa taxa de participação nas eleições é uma das mais baixas de todas as democracias. E estou convicto de que os únicos que podem resolver esse problema são os jovens, a próxima geração”, afirmou.

“O que está nos impedindo de fazer mais progresso está ligado aos nossos políticos e à nossa vida cívica. Nossos partidos se afastaram cada vez mais, e ficou muito mais difícil encontrar um caminho comum. Por causa de dinheiro e política”, frisou.

Desde que deixou a Casa Branca em 20 de janeiro, depois de oito anos, Obama dedicou parte de seu tempo a férias com a esposa, Michelle. Jogou golfe e começou a ordenar suas memórias.

Ele e sua esposa criaram recentemente a Fundação Obama, cuja sede ficará na Zona Sul de Chicago, uma área carente, para justamente impulsionar a participação política dos mais jovens. Obama participará em 25 de maio em um diálogo público junto à chanceler alemã, Angela Merkel, em Berlim, por ocasião do 500º aniversário da Reforma Protestante.

Mais sanções contra a Síria

Os Estados Unidos impuseram nesta segunda novas sanções contra 271 indivíduos do governo sírio, supostamente vinculados com a criação e desenvolvimento do programas de armas químicas do regime de Bashar Al-Assad. “Estas sanções de grande envergadura apontam para o centro de apoio científico que permitiu o horrível ataque de armas químicas de Assad contra homens civis inocentes, mulheres e crianças”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

A medida é nova retaliação ao ataque de gás sarin no começo do mês em Khan Sheikhun, ao norte do país, e no qual morreram 80 pessoas. O governo de Donald Trump respondeu de maneira unilateral bombardeando uma das bases aéreas do governo sírio com quase 60 mísseis de cruzeiro, perante a falta de consenso no Conselho de Segurança das Nações Unidas para encontrar uma resposta ao ocorrido.

Você pode gostar