Por thiago.antunes

Bagdá -  Snipers — atiradores da tropa de elite das forças de segurança — são conhecidos pela frieza e pela pontaria. Um canadense, porém, surpreendeu o mundo ao estabelecer novo recorde nos disparos de precisão bem-sucedidos. Mês passado, integrante da JTF2, força-tarefa de alto nível do Canadá, matou no Iraque um militante do Estado Islâmico que estava a 3.450 metros de distância. Até então, o tiro fatal mais longo era de um britânico, um quilômetro mais curto.

O Comando das Operações Especiais canadenses confirmou o feito, mas não identificou o sniper nem o local da ação. Mas fontes informaram que um militar acompanhava o atirador, no alto de um prédio, e que o disparo foi gravado. A bala viajou dez segundos até o alvo. “O tiro foi fundamental para interceptar um ataque contra tropas iraquianas”, contou um oficial ao ‘Globe and Mail’, jornal de Toronto.

Ano passado, o governo do premiê Justin Trudeau suspendeu bombardeios aéreos contra bases do Estado Islâmico, mas aumentou o efetivo em terra. “Em vez de jogar explosivos, o que poderia matar civis, utilizou-se uma forma bem precisa da força. Por causa da distância, os inimigos não tinham ideia do que ia acontecer”, continuou a fonte.

Consternação

A diretora da Unesco, Irina Bokova, expressou nesta quinta a consternação com a destruição da Mesquita Al Nuri e seu minarete inclinado, ícone da cidade velha de Mossul, ato que “aprofunda as feridas” da sociedade iraquiana. A destruição dos dois monumentos, que tinham 800 anos, aconteceu quarta-feira, quarto dia da ofensiva das Forças Armadas iraquianas em Mossul, onde os jihadistas estão entrincheirados e opõem forte resistência.

Fotos mostram o minarete (acima) e a paisagem sem a mesquita (alto)AFP

O comandante das forças iraquianas apoiadas pela coalizão internacional, o general Abdulamir Yarallah, acusou o grupo Estado Islâmico por este “novo crime histórico”. No entanto, o grupo EI, através da agência Amaq, acusou a Força Aérea americana de ter destruído Al Nuri com bombardeios.

Foi nessa mesquita onde, em julho de 2014, o líder dos extremistas, Abu Bakr Al Baghdadi, proclamou um ‘califado’ nos territórios conquistados por seus combatentes no Iraque e na Síria. Essa foi sua única aparição pública.

Porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert afirmou que a destruição “é prova de que o EI não tem respeito pela identidade, pela cultura ou pela religião iraquiana”.

Você pode gostar