Rio - Para acompanhar o ritmo de crescimento da população, da frota, de mão-de-obra da cidade, não tem jeito...mudanças são necessárias. Tanto que, mesmo em meio à crise econômica, a prefeitura de Niterói está realizando simultaneamente 18 obras por diversos bairros. A soma dos investimentos fica em cerca de R$ 522 milhões, mais de um quarto da verba prevista para a cidade no próximo ano.
Até dezembro serão inauguradas as praças do Largo da Batalha e da Alameda e o maior Skatepark da cidade, no Fonseca. Já em janeiro de 2016 será entregue a reforma da Unidade de Emergência Mário Monteiro, em Piratininga.
O bairro que, atualmente, mais passa por obras é o Fonseca: tem a reforma no Getulinho, construção do Skatepark - que faz parte da reforma do Horto do Fonseca -, da praça da Alameda, de uma unidade de educação infantil e contenção do Morro do Bonfim. Juntas, elas abocanham cerca de R$ 38 milhões do orçamento.
E tem mais novidade por aí. A cidade pode ser pioneira na integração de modais. O prefeito Rodrigo Neves esteve nos Estados Unidos na semana passada para pedir verba ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a implantação de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O projeto é de uma linha de 11 quilômetros ligando a estação de Charitas ao Centro, integrando a TransOceânica, a maior e mais cara construção (R$ 310 milhões) em andamento.
A promessa é mudar a vida dos cerca de 70 mil moradores com a via, que está prevista para ficar pronta no segundo semestre de 2017. Ela vai ter um corredor exclusivo para o ônibus BHLS, e vai passar também pelo túnel que vai ligar Cafubá à Charitas.
Em visita ao local de obra, a secretária de Urbanismo e Mobilidade Urbana, Verena Andreatta, afirmou que a população está sendo informada de tudo que vem sendo feito. “Estamos trabalhando as questões do trânsito, pois é uma obra pública e incomoda quem passa e vive no lugar”, disse.
E o entorno da TransOceânica também vem sendo beneficiado. As obras de drenagem e pavimentação das ruas do Cafubá estão custando R$ 35 milhões. A administradora hospitalar Rosana Braga está feliz da vida. “É claro que causa transtornos, mas é temporário. A obra vai valorizar muito a região e melhorar o trânsito”, opinou.
Já o cozinheiro Luiz Carlos de Assis, enfrenta problemas. É que na rua da casa dele o asfalto só foi até metade. “É muita poeira. Tive que ficar três semanas sem abrir meu restaurante. Sem contar a confusão entre as ruas, difícil chegar em casa”, desabafou.
Governo estadual investiu R$ 28 milhões
A Secretaria Estadual de Obras também vem investindo por aqui. Está em construção o Rio Imagem 2, onde ficava o extinto Hospital Santa Mônica, no Centro.
É um centro de diagnóstico por imagem de última geração e tem custo de R$ 23 milhões. Fica pronto no segundo semestre de 2016. A expectativa é que o centro repita o sucesso do Rio Imagem 1, que funciona na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio.
E tem ainda a restauração do Museu Antônio Parreiras, no Ingá, com investimento de R$ 4,8 milhões. A maior intervenção restaurativa do museu em seus 73 anos de existência.
O local se tornará acessível para todos, com implantação de rampas, elevadores e sanitários adaptados. A reforma do prédio principal será concluída em janeiro do ano que vem.
A iniciativa privada também aposta em grandes construções na Terra de Araribóia. Nos próximos anos, a cidade vai ganhar cinco novos hotéis.
Três serão construídos no Centro, um no Ingá e já tem um em construção na Boa Viagem, que deve ficar pronto no início do segundo semestre de 2016. Os hotéis serão operados pelas bandeiras Soft Inn, Windsor, Bristol e Ramada. Eles representam ampliação de 40% no número de leitos da cidade.