Itu (SP) - Eficiência energética e requinte. Em duas palavras podemos resumir a nova geração do Ford Fusion Hybrid, que começa a ser vendida no Brasil. Elegante no visual, uma vez que abandonou o design de ‘tiozão’ americano para ostentar linhas mais europeias, o sedã desembarca por aqui totalmente reformulado. E para tornar a versão híbrida mais próxima dos brasileiros, ela está sendo oferecida a R$ 124.990, apenas R$ 10 mil a mais do que a topo de linha, a Titanium.
Entre as novidades da nova geração do Fusion Hybrid estão os novos motor a combustão e a bateria do propulsor elétrico. No lugar do 2.5 l entra o Duratec 2.0 l. Este tem 145 cv de potência máxima, enquanto que a unidade elétrica entrega outros 45 cv. A bateria, por sua vez, agora é de íons de lítio — antes era de níquel-metal — e pesa 45 kg, sendo 23 kg mais leve do que a antecessora. Além do peso, a bateria passa a ficar alojada debaixo do assento traseiro — era atrás do encosto do banco.
Outra novidade é que a unidade elétrica agora pode ser utilizada exclusivamente até a velocidade de 100 km/h — era até 75 km/h. Já o sistema de freios regenerativos também foi repaginado e é capaz de recuperar até 95% da carga elétrica. De acordo com a Ford, as alterações fizeram com que a média de consumo de combustível passasse a ser de 16,8 km/l na cidade e 16,9 km/h na estrada.
A oferta de equipamentos de série mantém o padrão da antiga geração. O novo Fusion Hybrid é equipado de série com freios com ABS e EBD, direção elétrica, ar-condicionado digital, câmera de ré, auxílio para permanência em faixa, sistema de monitoramento de pontos cegos, assistente de partida em rampa, controle de tração e estabilidade e oito airbags, entre outros itens para o conforto e a segurança.
Silêncio a bordo e conforto
Leva tempo se adaptar à direção da nova geração do Fusion Hybrid. O primeiro motivo de estranheza é se acostumar com o silêncio a bordo. Como não há ruído ao dar a partida, já que só o motor elétrico está em operação, a Ford decidiu adicionar luz indicativa na cor verde no painel para informar que o sedã está realmente ligado.
Hora, então, de colocar o câmbio CVT em ‘Drive’ e partir para o teste. Porém, ainda é preciso se acostumar com outros detalhes. Um deles é o painel de instrumentos, com diversas configurações. Este tem duas pequenas telas nas extremidades do velocímetro e oferecem cinco opções — é possível, por exemplo, obter a autonomia estimada, os consumos médio e instantâneo, o nível da carga da bateria e saber como dirigir de maneira mais econômica, entre outras informações.
Motorização mais eficiente
O rodar silencioso do Fusion Hybrid garante conforto a bordo. E tentamos dosar ao máximo o pé esquerdo para só usar o motor elétrico. Assim, o consumo instantâneo de combustível foi de 17,4 km/l.
Mas quando é preciso mais força para acelerações e ultrapassagens seguras, a versão não decepciona. O motor a combustão entra em ação e garante vigor ao sedã, que pesa 1.650 kg. Contribui para a performance o câmbio CVT. Porém, o conjunto da suspensão mais rígido, aliado ao uso de rodas de 18 polegadas e pneus de perfil baixo, prejudicam o conforto em vias muito irregulares.
No interior, materiais de qualidade e comandos ao alcance das mãos. Há boa retrovisão e os espelhos externos com sistema de identificação de pontos cegos ajudam a evitar fechadas involuntárias em outros veículos.
