Por leandro.eiro

Rio - O fim de uma era. O downsizing, termo associado a tendência de redução de potência dos motores sem comprometer o desempenho, impera agora sobre a Fórmula 1. Numa era onde a indústria automotiva trabalha para figurar como amiga do planeta, o desenvolvimento de propulsores obedece aos predicados de redução de consumo e emissões de gases poluentes.

Cada vez menores. Quem curte uma largada como essa não vê o conteúdo%3A primeiro os V12%2C grandões%2C os não menores V10%2C os V8 atuais com 750 cv e os futuros V6 com até 600cvReprodução Internet


Sendo assim, o GP do Brasil do último domingo, em Interlagos, serviu como despedida de gala dos motores V8 2.4 litros aspirado. O ronco destas máquinas era música para muitos ouvidos. Em 2014, os debutantes serão propulsores 1.6 litro com turbocompressor — especula-se que o ruído produzido por eles será mais ‘comportado’.
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Não é a primeira vez que a Fórmula 1 sofre downsizing. Os propulsores da década de 1990 eram V12, que passaram aos V10, para em 2006 entrar na era que se encerrou neste domingo. A redução de potência, vista primeiramente com arrogância para alguns, permitiu inovações: os bólidos desenvolveram muito seu aspecto aerodinâmico. Os carros ganharam asas móveis, dutos de ar e difusores duplos.
Motor Renault V8 da temporada atualReprodução Internet


A regra do consumo de combustível também prevaleceu. Os gases do escapamento, ao invés de simplesmente serem descartados, passaram a ser usados para reduzir a turbulência, assim como parte da energia gasta na propulsão do F1 retorna como ganho de potência, no sistema batizado de KERS.

Os quase 800 cv de potência da era V8 serão substituídos por trens de força de 600 cv dos novos V6 turbo — a compensação ficará a cargo dos sistemas de recuperação de energia. Os blocos sairão apenas da Mercedes-Benz, Renault e Ferrari. Vale ressaltar que os motores turbinados não são iniciantes na categoria. Lá na década de 1970, eles equipavam os carros do grid. Foram vetados em 1989, quando a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) mudou o regulamento da competição.

As mudanças visam devolver ao motor o cargo de protagonista do esporte ao mesmo tempo que se cumpre a parcela da sustentabilidade. Sai de cena o ronco característico, mas podem voltar aqueles emocionantes embates.

Motor V6 da Mercedes-Benz para a próxima temporadaDivulgação


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