Santana de Parnaíba (SP) - A evolução dos chineses no Brasil chegou ao câmbio automático. O pioneiro é o SUV Tiggo, da Chery. A alternativa tem preço atraente — R$ 57.990 — o mais barato do segmento.
O câmbio de quatro marchas, obsoleto para alguns fabricantes, é eficiente. A chinesa promoveu o teste nas ladeiras do complexo de condomínios de luxo Alphaville, em São Paulo. O utilitário encarou os aclives sem trancos e trocas indesejadas. O sistema, que conta com assistência para terrenos escorregadios, é bem ajustado e permite uma condução tranquila. Para quem prefere alternar manualmente, basta deslocar a alavanca para a direita e, a partir daí, movê-la para cima ou para baixo. Não há borboletas no volante.
Claro, há pontos de observação. A acústica e a manopla pecam. O barulho dentro da cabine é bem perceptível, mesmo em giro baixo, dando a entender que o SUV recebeu a caixa automática sem nenhum incremento no isolamento sonoro. A alavanca não tem boa ergonomia: o botão acionado para alternar os modos de direção é grande demais e é necessário fazer certa força para movê-la.
Junto com o câmbio há o piloto automático, sistema exclusivo para esta versão, cuja operação é feita por botões no volante. O motor do Tiggo é um 2.0 litros 16V a gasolina, que rende 138 cv. No mercado, se encaixa como uma alternativa mais em conta do que seus concorrentes de ‘pedigree’, que custam a partir dos R$ 70 mil.
