Por leandro.eiro

Rio - Sem exageros. A Subaru atingiu um nível de construção e tecnologia que a faz merecer o título acima. Muito além de ser eleito o melhor em várias publicações mundiais e desta versão em particular, o Forester XT, tem o melhor motor da categoria. A marca da constelação entrega um produto impecável. Em nova ofensiva no Brasil, tem gama crescente e nela, o maior destaque entre os SUVs.

Utilitário apresenta ótimo desempenho e atua muito bem nas curvasMarcellus Leitão / Agência O Dia


Quando a Fuji Heavy Industries resolveu fazer um produto de massa, além de seu grande negócio de turbinas hidrelétricas e indústria naval etc, o carro foi o escolhido e criada a divisão Subaru, nome em homenagem às seis estrelas de Pleiades, da constelação de Touro. O projeto do carro nasceu em 1953 e foi desenhado do zero. Assim, sobre uma estrutura rígida foi testado um motor boxer, de quatro cilindros contrapostos e tração integral permanente.

O sucesso veio com o inverno do norte e a aderência incrível do carro ao piso. O motor baixo distribui massas no chão e a tração integral permanente, hoje ainda mais beneficiada pela eletrônica dos controles de estabilidade e tração, tornaram este automóvel virtualmente à prova de barbeiragens.

Interior tem amplo espaço interno e conforto para todosMarcellus Leitão / Agência O Dia


O desempenho do Subaru Forester XT , testado nesta edição, é exponencial nas arrancadas, retomadas e curvas. Ele reduz os tempos médios em viagens, fato comprovado durante nosso teste padrão, que envolve 200 quilômetros de asfalto no plano, 72 quilômetros de subida e descida de serra e 42 quilômetros de estrada vicinal, em pisos que variam muito com a meteorologia. Na lama, ajudou a tecla de controle de parâmetros de tração e descida de colina.

Neste trajeto, pouco menos de 45 minutos, em relação a uma imensa gama de carros testados, de todas as marcas com aptidões off-road. E sem correria, sem ‘entrar’ o controle de estabilidade uma única vez, só com manutenção de médias horárias, retomadas eficientes e curvas bem contornadas.

Tela é pequena mas cheia de funções como esta do sistema de tração integral e direçãoMarcellus Leitão / Agência O Dia


O efeito colateral é o prazer ao dirigir. Mas quem vive sem eles?

Por dentro, o XT é sóbrio como por fora. De dimensões contidas, aparece menos no trânsito que o Honda CR-V e o Toyota RAV-4, por exemplo. Mas deixa a poeira para os dois. Para os modernos, a tela pequena com câmera de ré e funções diversas, até gráficos de consumo e pressão do turbo, poderia ser maior. Poderia sim, é verdade, mais o refinamento dinâmico dele é tão bom que nos esquecemos da firula que invadiu o mundo do automóvel. A sobriedade está nos acabamentos de bom nível e nas linhas de cortes retos. O volante multifuncional tem duas teclas para reprogramar a central eletrônica e o câmbio CVT. Assim, ao premir S e S#, o Forester larga a palavra utilitário jogada na estrada. Fica só o esportivo. Com câmbio CVT e oito marchas simuladas, pequeno lag nas passagens, eliminado com a opção de paddle shifts para trocas rápidas no volante, este de raio bem pequeno. Aí, o motor enche até os 240 cv do projeto e dispara. Da imobilidade aos 100 km/h ele gasta apenas 7,5s. Leva seus 1.500 quilos aos 211 km/h.

O silêncio interior pode induzir ao descuido com a velocidade. Freios compatíveis e cheios de periféricos eletrônicos têm reação rápida e eficiente. Sem sustos. Os porta-trecos e o teto solar grande o levam de volta ao mundo SUV, com amplo espaço interno e conforto para todos. O porta malas, com tampa de acionamento elétrico, abriga 505 litros e estepe temporário, este um outro senão no modelo, ao lado da tela pequena. Dá para acreditar que a nova gestão da marca aposte sério no Brasil, com esforço palpável no pós venda e preços de revenda estáveis. O modelo testado custa R$ 140 mil, e entrega tudo o que se espera de um ótimo carro, família às vezes, esperto, quando solicitado.

Fora da estrada%2C Forester XT se favorece de controles como o de traçãoMarcellus Leitão / Agência O Dia


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