Rio - As manifestações que ocorrem pelo país levaram muitas cidades a baixar a tarifa do transporte público, mesmo a população sendo informada que o valor pago as empresas pelas prefeituras poderá sair de outros serviços essenciais, como a saúde.
Mas o que também mudou durante as passeatas que continuam a se espalhar pelo Brasil foi o discurso dos governantes, que foram intransigentes, afirmando que o valor da passagem de ônibus não seria reduzido e que os atos realizados nas ruas era um movimento pequeno, político e de baderneiros.
Confira abaixo a mudança de discurso de dois estados, Rio e São Paulo:
Fernando Haddad, prefeito de São Paulo
12 de junho
"Eu não vou dialogar em uma situação de violência"
14 de junho:
"A Prefeitura não pode se submeter ao jogo de tudo ou nada"
18 de junho:
"Nunca utilizei a palavra vândalo, não faz parte do meu vocabulário"
19 de junho:
"Precisamos discutir sobre as consequências dessa decisão (revogação da tarifa)"
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro
11 de junho:
"A tabela é explícita, não é conversa do prefeito com dono da empresa de ônibus"
17 de junho:
"Acho que a polícia agiu muito bem (reprimindo manifestantes)"
19 de junho:
"A redução (da tarifa) mostra respeito às pessoas que foram às ruas"
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo
12 de junho:
"É intolerável a ação de baderneiros. Isso extrapola o direito de expressão"
14 de junho:
"Qualquer abuso que tenha sido cometido será apurado de forma rigorosa"
17 de junho:
"Nós proibimos o uso de balas de borracha em manifestações públicas"
19 de junho:
"Vamos revogar o reajuste. Vamos ter que cortar investimentos"
Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro
12 de junho:
"Essas manifestações estão tendo um ar político que não é espontâneo"
18 de junho:
"Essas manifestações mostram uma juventude desejosa de participar. Isso é muito bonito"