Por helio.almeida

Brasília - O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios denunciou nessa quarta-feira 11 policiais envolvidos direta ou indiretamente na prisão de Leonardo Campos Alves, que confessou ter matado o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; a advogada Maria Carvalho Villela, mulher de José Guilherme; e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva. O triplo assassinato, conhecido como Caso Villela, ocorreu em agosto de 2009, na residência do casal, em Brasília.

Foram denunciados o delegado José Roberto Soares Batista, por abuso de autoridade, tortura e supressão de documentos, os agentes Sidney Pacheco Monteiro, Edi Vânia Santana, Helton Lopes Tavares, Edelviges Felipe de Oliveira Neto, Maria do Socorro Pinto e o policial militar José Leôncio de Araújo, por abuso de autoridade e tortura. Os agentes José Raimundo Mendes de Carvalho, Keve Joaquim Amancio da Gama, Joaquim Ezequiel Machado e o ex-agente Estanislau Dantas Montenegro foram denunciados por tortura.

A partir de agora, cabe à Justiça do Distrito Federal aceitar a denúncia e decidir por manter ou não no Distrito Federal, uma vez que grande parte do ilícito ocorreu em Minas Gerais. Acatada a denúncia, os acusados responderão ao processo e testemunhas serão ouvidas.

De acordo com a denúncia do MP, a prisão de Alves aconteceu na casa da sogra dele. O suspeito foi colocado no carro da polícia e levado com a cabeça coberta com um pano escuro até a residência, para o cumprimento do mandado de busca e apreensão. Durante a diligência, objetos foram quebrados e um tiro foi disparado no local, segundo a denúncia. Ele teria sido levado para um matagal e ameaçado até confessar o crime.

Você pode gostar