Por julia.amin

São Paulo - A polícia encontrou nesta quarta-feira um par de luvas no carro da família do menino de 13 anos, Marcelo Pesseghini, suspeito de matar a família entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira. As peças foram mandadas pela Polícia Técnico- Científica para a análise, que mostrará se há vestígios de pólvora.

Militares eram considerados excelentes e o garoto sem problemas na escola ou na famíliaReprodução Internet


Segundo a polícia, o veículo foi usado por Marcelo para ir até a escola, que fica perto da casa da família em Vila Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo. O exame residuográfico feito na mão do menino deu negativo de vestígios de pólvora. Por isso, a perícia das luvas é tão importante para indicar a autoria do crime. A polícia acredita que Marcelo matou os familiares.

De acordo com a perícia, o primeiro a morrer foi o PM Luís Marcelo Pesseghini, pai do menino. Depois, Marcelo teria atirado na mãe, a PM Andréia Regina Bovo Pesseghini e, em seguida na avó, Benedita de Oliveira Bovo e na tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva. As duas moravam no mesmo terreno, mas eu outra casa.

Todos os familiares foram assassinados com um tiro na cabeça. Ainda segundo a investigação, as pegadas do adolescente mostram que ele, depois de voltar da escola, foi até a mãe, passou a mão na cabeça dela e se matou. Fios de cabelo, que seriam da policial, foram encontrados nos dedos de Marcelo.

Menino havia relatado desejo de matar os pais

O delegado Itagiba Vieira Franco, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou na terça-feira que os primeiros indícios de que Marcelo Pesseghini seja o autor da própria morte e de mais quatro pessoas da família estão se confirmando. Além das provas encontradas na cena do crime que apontam para o garoto, o depoimento de um dos seus melhores amigos revelou que o menino já havia falado sobre matar os pais, fugir de casa com o carro da família e ser matador de aluguel.

"Ele sempre me chamou para fugir de casa para ser matador de aluguel. Ele tinha plano de matar os pais enquanto eles dormissem e fugir com o carro", teria afirmado o amigo para a polícia. "Na minha opinião, ele concretizou o desejo. O inquérito não está terminado, mas tudo leva a crer que foi o menino", afirmou Franco.

Os principais indícios que apontam o jovem como autor dos assassinatos são a localização da arma do crime, que foi encontrada próxima a seu corpo, e a posição das outras vítimas, que devem ter sido mortas enquanto dormiam. O garoto também seria canhoto e a marca de tiro está do lado esquerdo de sua cabeça.

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