Por julia.amin

Brasília - O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Marco Feliciano, solicitou formalmente que a Polícia Federal investigue os dois jovens que se aproximaram dele em um voo para cantarar e dançar a música “Robocop gay”. A canção, dos Mamonas Assassinas, tem letra divertida sobre homossexuais, minoria que o deputado recrimina e critica.

“Solicito a Vossa Excelência providências no sentido de instaurar Inquérito Policial para apurar fatos ocorridos na ultima quinta-feira em voo de Brasília-DF, com destino a Belo Horizonte- MG, com escala em São Paulo, voo nº 5019 – Azul Linhas Aéreas, onde fui atacado por um grupo de rapazes que se portavam de forma deseducada e com trejeitos aparentes de homossexuais, com ataques a minha pessoa, inclusive, com contato físico me tocando, causando danos a minha pessoa, perturbando meu sossego. Ações desse tipo, em reação a minha atuação parlamentar causa um grande mal à democracia em nosso país, e serve de mau exemplo para os jovens”, diz o ofício.


Os rapazes, que cantaram para Feliciano, filmaram a cena e postaram no YouTube. O vídeo já foi assistido mais de um milhão de vezes. Feliciano desaprovou a atitude e desabafou em sua conta pessoal no Twitter:

“O que todos viram no vídeo do avião, gravado por eles, é o que passo quase toda semana nas igrejas aonde vou pregar. É mais ou me os assim: eles se mobilizam pela mídia social onde fazem "terrorismo" com as igrejas onde vou ministrar, anunciam que irão com milhares de pessoas, munidos de instrumentos para atazanar o culto e com trios elétricos. O resultado é sempre igual, dos milhares anunciados, aparecem alguns. Esses alguns entram nos cultos aos gritos e colocam meninas para beijar meninas dentro dos templos, afrontando as famílias cristãs”, reclamou o deputado.

Já Eric Corazza, um dos rapazes que dançaram para Feliciano, comentou no Facebook as acusações do deputado. "O voo todo estava cantando ‘Feliciano, pode esperar, a sua hora vai chegar’”. Disse o jovem que é totalmente contrário a qualquer repressão contra os homossexuais.

Você pode gostar