Por helio.almeida
Militares eram considerados excelentes e o garoto sem problemas na escola ou na famíliaReprodução Internet

São Paulo - A polícia deve ouvir nesta sexta-feira o motorista da van que levava o adolescente Marcelo Pesseghini, de 13 anos, para o colégio algumas vezes na semana. O garoto é suspeito de matar os pais, a avó e a tia e em seguida se matar entre a noite do dia 4 e a madrugada do dia 5 deste mês, na casa da família, na Brasilândia, na Zona Norte da capital paulista.

Além do motorista, também será ouvido um colega de escola Marcelo. Colegas de trabalho dos pais de Marcelo, a cabo Andréia Regina Pesseghini, de 36 anos, e do sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos, devem ser chamados a depor nos próximos dias. A polícia tenta traçar o perfil do casal de policiais militares mortos. Cerca de 30 pessoas já prestaram depoimento sobre a investigação.

Nesta quinta-feira, a casa da família foi invadida e pichada. Uma das frases que escreveram na parede fala que Marcelo era inocente. Os moradores disseram que não viram pessoas dentro do imóvel. A polícia também não tem informações de quem teria invadido e pixado o local.

Nesta quarta-feira, um amigo de Marcelo Pesseghini disse em depoimento que recebeu um telefonema do garoto, horas antes do crime, avisando sobre os assassinatos. A Polícia também informou que a chave que havia sido encontrada perto no portão da casa não abre nenhuma das portas dos imóveis da família Pesseghini.

Imagem mostra corpos na camaReprodução Internet

Quanto mais a polícia de São Paulo divulga o que considera avanços na investigação na chacina da família Pesseghini, mais a descrença na versão oficial para o crime toma as redes sociais. Agora, uma vizinha da família assassinada afirma que, horas depois do crime, viu dois homens — entre eles, um PM fardado — pularem o muro de casa dizendo que havia mortos no local.

O depoimento da vizinha tumultua ainda mais a explicação do crime apresentada pela Polícia Civil, que está convencida de que foi Marcelo que matou a família e depois se matou. Segundo o relato da vizinha, os dois homens saíram da casa por volta de meio-dia de segunda-feira, e a polícia só chegou depois das 18h.

Outra contradição importante que surgiu foi o novo depoimento do comandante do 18º, onde a cabo Andréia Bovo Pesseghini, 36, era lotada. Ele disse que Andreia denunciou colegas de farda uqe a chamaram para fazer assaltos a caixas eletrônicos. Menos de 24 horas depois, o coronel Wagner Dimas disse nenhuma acusação foi formalizada.

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