Por bferreira

Salvador - A mais de um ano das eleições, a disputa na Bahia já criou mal-estar para a base aliada à presidenta Dilma Rousseff. Pré-candidato do PMDB ao governo baiano, o vice-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Geddel Vieira Lima, entrou em cena na propaganda partidária peemedebista elogiando outros gestores para atacar o governador Jaques Wagner (PT). Mas a estratégia acabou beneficiando três políticos que deverão estar ano que vem em campo oposto ao da presidenta, aliada do PMDB.

Mirando em Wagner, Geddel compara a gestão do petista à dos governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB); do Paraná, Beto Richa (PSDB); e de Minas Gerais, o hoje senador Aécio Neves (PSDB). Ao fim de cada inserção de 30 segundos, depois de falar de Saúde, Segurança, Educação e Economia, o ex-ministro da Integração Nacional do Governo Lula diz: “Um trabalho competente faz toda a diferença no seu dia a dia. Pense nisso.”

Geddel é o principal nome do PMDB na Bahia, onde já concorreu ao governo. Foi em 2010, quando rompeu com o atual governador, perdeu a eleição e passou a fazer oposição cerrada ao ex-aliado.

Quanto às inserções do PMDB que acabaram de entrar no ar, Geddel desconversa e diz que o público pode entender as peças da maneira que quiser: “É um direito de cada um. Não estou preocupado com interpretações de políticos. Eu quero é que o povo veja aquilo lá.”

Ao comentar a ausência de governos do próprio PMDB na propaganda, Geddel admite que há casos que, ao menos por enquanto, não devem ser nem lembrados: “O Rio de Janeiro é um governo a que, neste momento, não estou querendo me comparar.”

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