São Paulo - Uma paralisação de várias categorias de trabalhadores deve se espalhar nas principais capitais do Brasil nesta sexta-feira. A manifestação, chama de "Dia Nacional pela Pauta Trabalhista", está sendo convocada pela Força Sindical e demais centrais sindicais. Entre as reivindicações estão a qualidade nos serviços públicos e melhores condições para trabalhdores e aposentados. Até às 10h desta sexta, não houve registros de grandes incidentes. A CUT também participa dos protestos.
Os presidentes do sindicato, Miguel Torres, e da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, estiveram na Zona Sul da capital. De lá, eles seguiram para a fábrica de motores MWM, em Santo Amaro, de onde sairão para outros pontos de manifestação. Parte dos ônibus de São Paulo ficou paralisada entre às 4h e 7h desta sexta. Em Tocantins, trabalhadores realizam um protesto na Avenida JK, com o objetivo de levantar as bandeiras.
Em Maceió, manifestantes e técnicos administrativos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) fecharam acesso ao Campus A.C. Simões. Funcionários foram impedidos de entrar. No Paraná, professores da rede estadual fazem protesto, assim como os profissionais de ensino de Teresina (PI). Em Porto Alegre (RS), parte dos ônibus ficaram na garagem, assim como em estados como Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo e Bahia.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes participa do ato. Os manifestantes cobram do governo o cumprimento da pauta trabalhista, que tem entre os itens o fim do fator previdenciário, jornada de 40 horas semanais sem redução salarial, fim do Projeto de Lei que amplia a terceirização, reajuste para os aposentados, mais investimentos em saúde, segurança e educação, transporte público de qualidade, reforma agrária e igualdade de oportunidades para homens e mulheres.
Aposentados fazem protesto em SP
Cerca de 50 pessoas passaram a madrugada em frente a prédio do INSS. Eles querem o fim do fator previdenciário.Cerca de 50 aposentados passaram a madrugada desta sexta-feira em frente ao prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Centro de São Paulo. Os manifestantes fizeram churrasco, ouviram música e jogaram baralho no Viaduto Santa Ifigênia.
A manifestação pacífica foi organizada pelo Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical. Eles pedem o fim do fator previdenciário e a recuperação do poder de compra dos aposentados.
Mais protestos na segunda-feira
Os 50 trabalhadores da Intercement do Brasil lotados em Santos, Praia Grande e Itanhaém entrarão em greve, por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira.
A decisão, já encaminhada à empresa, foi aprovada em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e região, na noite de domingo.
No ofício, endereçado ao diretor Rubens Prado Valentim Júnior e ao coordenador de relações trabalhistas, Sergio Abrão de Souza, o presidente do sindicato, Valdir de Souza Pestana, explica o motivo da greve.
O sindicalista diz que a categoria considera insuficiente o reajuste salarial de 7,16%, na data-base de maio. Os trabalhadores reivindicam 9% de reajuste nos salários e benefícios, além de realinhamento acordado em agosto de 2012.