Por tamyres.matos

Brasília - O advogado de defesa do senador boliviano Roger Pinto Molina, de 53 anos, tirou o parlamentar de Brasília. Molina está desde sábado em uma fazenda em Goiás, nos arredores da capital federal, e deverá ficar lá até que o governo brasileiro defina a sua situação. O advogado Fernando Tibúrcio Peña informou à Agência Brasil que o “esforço agora” é para manter a discussão em nível técnico e jurídico, “sem politização”.

O senador está bem de saúde e confiante que em breve a situação dele de asilado político será definida pelo governo brasileiro. Ele quer que seus direitos de asilado sejam garantidos”, disse Tibúrcio. “Mas o que nos preocupa, e por isso ele ficará fora de Brasília por alguns dias, é a politização do caso, que pode atrapalhar o debate técnico e jurídico.”

Senador boliviano Roger Pinto Molina acena de casa onde estava abrigado em BrasíliaAgência Brasil

Tibúrcio acrescentou que a expectativa é que nos próximos dias o governo defina o status de refugiado e conceda oficialmente o asilo político a Pinto Molina. Em seguida, segundo o advogado, o parlamentar pretende ir até o Acre, onde estão sua mulher e filhas.

“Ele fala bastante em rever a família, pois faz mais de um ano que não a encontra.”
Há uma semana, Pinto Molina deixou a Embaixada do Brasil na Bolívia, onde ficou por 455 dias. A retirada do senador da embaixada desencadeou uma crise política, levando à substituição do então chanceler Antonio Patriota por Luiz Alberto Figueiredo Machado.

Responsável por conduzir a retirada, o diplomata Eduardo Saboia também fi afastado.
Evo Morales pediu a “devolução” de Pinto Molina, acusado em seu país em mais de 20 crimes envolvendo corrupção e desvio de recursos públicos. O Ministério das Relações Exteriores informou ontem que, até o momento, não recebeu documento algum do governo da Bolívia requisitando o envio do parlamentar.

O senador ficou até a última sexta-feira em Brasília, na casa do advogado dele, no Lago Norte, um bairro nobre da cidade.

Você pode gostar